Empreendedorismo feminino deve ser incentivado nas escolas e nas organizações, revela estudo do CMEC

O empreendedorismo feminino deve ser incentivado em diversos cenários da vida, como nas escolas e nas organizações. Este foi um dos principais apontamentos do estudo promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da Facesp.

A análise completa foi apresentada durante evento on-line, destinado a conselheiras, consultoras e representantes do Sebrae Nacional, realizado em 2 de julho.

A apresentação foi conduzida por Camila Ribeiro, consultora do Projeto Desenvolve Mulher Empreendedora do CMEC. Dados e insights cruciais para a compreensão do avanço do empreendedorismo feminino no mundo, em especial no Brasil, foram detalhados.

O estudo revelou que o empreendedorismo feminino “não é simplesmente um modelo organizacional, onde unidades individuais competem no mercado, mas, sim, trata-se de uma atividade que pode (e deve) ser incentivada em diversos cenários”.

“O empreendedorismo é compreendido como um conjunto de regras, atitudes e ações que envolvem energia, iniciativa, visão, imaginação, ambição, perspectiva, cálculo e responsabilidade pessoal”, destaca um dos trechos da pesquisa.

MULHERES LÍDERES

Durante a análise realizada via Projeto Desenvolve Mulher Empreendedora foi constatado que crescimento de negócios liderados por mulheres tem desempenhado um papel crucial na redefinição do panorama econômico.

Segundo pesquisa do Sebrae, de 2022, o número de “Donas de Negócios” (empregadoras ou por conta própria) atingiu um recorde de 10.344.858.

Outro dado importante revelado foi o aumento significativo de mulheres empregadoras. Uma expansão de 30%. Já entre os homens empregadores, o crescimento foi de 8%.

As Donas de Negócios também alcançaram um nível ainda maior na posição de "chefe de domicílio". Elas continuam a trabalhar um volume menor de horas semanais no próprio negócio, na comparação com os homens. Consequência da divisão de tempo entre o trabalho em casa e com os filhos.

EMPREENDEDORAS

Apesar de ganharem um rendimento médio real menor, na maioria dos setores, as mulheres empreendem cada vez mais e em segmentos variados, sendo uma proporção maior em “Serviços” (53%, contra 36% dos homens).

As mulheres também buscam mais capacitação, revelando uma intenção constante de adquirir novos conhecimentos e técnicas de gestão eficiente.

O impacto social dos negócios liderados por mulheres é significativo, com uma prioridade na criação de ambientes de trabalho inclusivos e na promoção de práticas de responsabilidade social corporativa. Esta abordagem fortalece comunidades locais e contribui para uma imagem mais sustentável e ética das empresas.

Empreender é desafiador, especialmente para as mulheres, que ainda enfrentam barreiras como acesso limitado a crédito e estereótipos de gênero. Iniciativas governamentais e do setor privado são cada vez mais essenciais para criar um ambiente propício ao crescimento do empreendedorismo feminino que, por sua vez, tem impacto significativo no Produto Interno Bruto (PIB).

IMPULSIONADOR ECONÔMICO

O estudo apresentado pelo CMEC tem como objetivo evidenciar que o empreendedorismo feminino não é uma mera narrativa de igualdade de gênero. É um impulsionador econômico fundamental.

“Celebrar as conquistas do empreendedorismo feminino é imperativo, assim como reconhecer os desafios e apoiar as mulheres que estão moldando positivamente o futuro dos negócios e contribuindo para o crescimento sustentável do PIB”, aponta o estudo do CMEC.

A gravação do evento on-line está disponível no canal do CMEC no YouTube, o que permite que mais pessoas tenham acesso às informações, aos dados e aos insights compartilhados.

Para mais informações, entre em contato com CMEC ou visite o canal no YouTube:

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Ana Claudia Badra Cotait é a presidente do CMEC da CACB e da Facesp