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ACIARP - 60 anos de história

Notícias 31 de julho de 2020

O ano era 1960. Período dos “Anos rebeldes”. Nesse mesmo ano, a capital do Brasil era transferida do Rio de Janeiro para Brasília e Jânio Quadros era eleito presidente do país. Época de tantos acontecimentos, não só na história do Brasil, mas no mundo, numa pequeníssima e pacata cidade também surgia um movimento de transformação. Ribeirão Pires já era política-administrativa emancipada. O prefeito era Francisco Arnoni.

 

Tudo acontece no Ginásio de Esportes do Ribeirão Pires Futebol Clube, que sempre foi palco de grandes acontecimentos de Ribeirão Pires. A discussão que deu início à Associação foi o fechamento ou não do comércio aos sábados após o almoço. A ala jovem era a favor do fechamento para se ter mais tempo com a família. A ala dos veteranos era contra a medida e depois de muita discussão foi mantida a abertura do comércio. A partir daí, tem início a ACIARP, presidida por Arthur Gonçalves de Souza Junior. Ao todo foram 13 presidentes que deixaram um legado de trabalho e comprometimento com os associados.

 

Seguido de Arthur, o presidente da Associação foi Roberto Redivo. Muito lúcido e cheio de boas memórias da época de ouro da cidade, o senhor Redivo guardou documentos de importantes figuras da época que já sabiam da importância da Associação Comercial de nossa cidade. “Nós fizemos a Aciarp pra não ter briga de foice. A mocidade não queria que fechasse de sábado e na época não era um dia de grande comércio aqui”, recorda. Cada época tinha sua dificuldade e não foi diferente para quem estava entrando em uma nova função. “Naquela época foi difícil ser presidente porque não tínhamos muito tempo de emancipação, então tudo era novo”, afirma.

 

Quem também tem muita história para contar dos tempos de Associação Comercial é Ernesto Menato, o “Seu Teto”. Com 88 anos, relembrar o início da ACIARP é muito fácil. “A Aciarp se formou por um grupo, se eu não me engano, que estava formando um consórcio para carros só com comerciantes”, lembra.

 

Depois de tantas mudanças, desde o surgimento, outra grande novidade e mudança na Associação foi a Eleição da primeira mulher Presidente, Maria de Lourdes Zampol dos Reis, conhecida como Coquinha Zampol. Fomos a primeira associação do ABC com uma mulher no comando. Em 1997 e 1998, Coquinha trouxe um grande projeto de Natal para a cidade. “Foi muito marcante nosso projeto de decoração de Natal, o primeiro Natal iluminado da cidade, com premiações das melhores decorações de residências e de vitrines, foi incrível”, recorda. A ex-presidente também lembra o quanto contribuiu para o desenvolvimento da ACIARP. “Foi um período de grandes desafios, muito aprendizado, realizamos inúmeros projetos de grande valia para a entidade, nos aproximamos bastante dos empresários/comerciantes e com isso aumentamos nosso quadro associativo”, lembra. Para ela, ser presidente foi um grande passo. Penso que a grande mudança foi eu ter sido a primeira mulher a dirigir a entidade, onde iniciamos uma nova era na entidade respeitando a tradição dos que nos antecederam, e projetando novos rumos para o futuro”, conclui. Coquinha também foi Presidente do Núcleo de Mulheres Empreendedoras, importante grupo responsável pelos grandes eventos da Associação Comercial, hoje presidido por Vanessa Anastácio.

 

Comerciante por cerca de 30 anos, Eduardo Nogueira também passou na pele pelas transformações da Aciarp tanto no comércio quanto como gestor. Acreditou que os cursos eram formas eficazes de transformar o comércio. Através do programa “Brasil Empreendedor”, capacitou cerca de duas mil pessoas e ainda realizou mudanças na Associação. “Fizemos reforma administrativa, controles para que fosse mais transparente a gestão da associação comercial, demos oportunidade para o empresário transformar seu negócio”, lembra. A época era difícil. A taxa Selic estava nas alturas e as dificuldades surgiram. O grande papel da associação comercial é dar suporte aos comerciantes, aos empresários da cidade. Criar oportunidades e dar um norte permitiu que as e foi o que comecamos a fazer e isso que todos fazem, dar oportunidade e passar para as pessoas o que eles podem fazer da maneira certa, pessoas pudessem aplicar os conhecimentos no seu empreendimento de forma correta, profissional. “É muito gratificante ver os frutos daquilo que você plantou. Quando você vê um empresário aproveitando tudo aquilo que nós passamos, tudo o que a equipe passou, absorveu tudo aquilo, conseguiu por em pratica e obteve sucesso, isso é uma satisfação que não há preço que pague”, conclui.

 

Histórico que já vem de família, um presidente já acostumado com a ACIARP é Marcelo Menato. Desde muito cedo ao lado do pai, conheceu ex-presidentes da associação comercial por conta de seu pai, Ernesto Menato, que também foi presidente e deu todo apoio nessa trajetória frente à entidade. A ACIARP com 60 anos tem grande importância no município. Contar a história de Ribeirão Pires é lembrar da ACIARP, pois uma complementou com o crescimento da outra. Sendo assim, vale salientar os convênios realizados entre entidade e Prefeitura que colaboram com o desenvolvimento da cidade até hoje. Foi durante a gestão de Menato que a Zona Azul voltou a ser administrada pelos comerciantes e período em que surgiu o Festival do Chocolate, evento turístico que faz parte do calendário de atrações do estado de São Paulo. “O que a Aciarp tem a oferecer? Não, é você que tem que perguntar o que eu posso fazer para fazer a entidade mais forte. Se associar é ficar mais forte, é unir pessoas por um interesse em comum, então tem pessoas que não são associados que tem que se associar porque unindo forças tudo melhora”, completa.

 

Por cinco anos, Ricardo Nardelli, o Nonô Nardelli, esteve nesse caminho de crescimento com a associação. Indicado por Menato, a ACIARP foi uma escola que, de acordo com ele, mais contribuiu com ele do que ele com a associação. “O conhecimento que a Aciarp me deu em a lidar com pessoas, a saber escutar o comerciante, o contexto, a opinião de todos me ajudou muito”, revela. O Festival do Chocolate também é uma recordação importante para Nonô e o quanto isso contribuiu para o crescimento da entidade. “A gente olha nossa foto lá e dá muito orgulho de saber que a gente contribui com a Aciarp. Temos muito o que fazer, mas a Aciarp esta o caminho certo. A cidade e a ACIARP correndo juntos é bom pro comerciante, para os negócios e para todos. Não Há o crescimento de um sem o outro”, conclui.

 

Um dos mais longevos presidentes da Associação Comercial é Gerado Sauter. Por três períodos está à frente da ACIARP e é conhecido como um presidente inovador. Preside a associação há nove anos e conhece as dificuldades do cargo no início, mas busca na experiência o combustível para transformação. ”No primeiro mandato a gente aprende muito e pega experiência. Já no segundo mandato fui convidado a gerir as sete associações do ABC. Foi um reconhecimento e aí que eu percebi que estava fazendo um bom trabalho”, recorda. Desafio é o seu lema. Como presidente, também procura fazer o associado, o empreendedor ser inovador nos negócios. Além da esperança e perseverança, acredita que o associativismo é o que pode salvar o comércio daqui pra frente. Associar é o que faz a força da ACIARP. “O comerciante tem que se atualizar, ter faca nos dentes, não pode deixar a peteca cair. Também tem que procurar ajuda pra obter sucesso e essa é uma das boas funções da Aciarp”, acredita.

 

Não é possível contar a história da entidade sem falar de Dárcio Zampol, Francisco Zampol, Antônio Vande Nardelli(em memória) e Sérgio Poloni dos Reis, que contribuíram com seu tempo e trabalho para o desenvolvimento da associação. Ao longo desses 60 anos, foram vividos grandes momentos históricos. Momentos que transformaram e desenvolveram a ACIARP. Porém, mais que momentos, os grandes protagonistas dessa história, além de presidentes e diretores, são os associados. Juntos, todos fizeram essa Associação mais forte.

 

 

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