Segundo levantamento do Sebrae, feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o faturamento de pequenos negócios envolvidos com o mundo virtual recuou 42% desde o início da pandemia, enquanto aqueles que dependem das comercializações físicas registraram perdas de 44%.
De acordo com o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, Mauro José de Sá, o resultado da pesquisa realizada pelo SEBRAE vem ao encontro do que vem sendo observado no cotidiano empresarial.
“Com a pandemia houve a necessidade de se reinventar. Nessa reinvenção, seguindo a velha premissa de que nada se cria, muitos empresários se voltaram para ferramentas que estavam à mão, mas que eram ignoradas. As vendas online, a internet, o drive, o delivery. Tudo isso cresceu e foi necessário que crescesse e segurasse o cenário econômico”, falou o vice-presidente.
Para ele, os pequenos negócios que atuam no e-commerce tiveram quedas menores no faturamento durante a pandemia quando confrontadas com as perdas de empresários que não comercializam pela internet.
O ‘novo normal’ de acordo com o vice-presidente, que também é empresário, vai agregar as novas ações. O varejo se adaptou, se renovou em sua forma de vender e trouxe retomada da economia.
“Foi a tábua de salvação para muitos que sobreviveram no mercado. Os pequenos negócios que atuam no e-commerce tiveram quedas menores no faturamento durante a pandemia quando confrontadas com as perdas de empresários que não comercializam pela internet”, como mostrou a pesquisa.
Para o vice-presidente da Acig, as empresas que entraram no e-commerce passaram a ter dois públicos de atendimento, conseguiram expandir o universo de vendas.
Desde maio do ano passado, segundo o Sebrae, a adesão dos pequenos negócios no comércio eletrônico saltou quase dez pontos percentuais em um ano, passando de 59% para 67%.
As mulheres são as que mais têm atuado no comércio eletrônico. Entre as empreendedoras, 72% declararam vender pela internet. Entre os homens, esse número cai para 64%.
Quanto mais novo o empreendedor, mais digitalizada é a sua atuação. Entre os empreendedores com até 24 anos, 77% estão no mundo digital.
Conforme a idade vai aumentando esse índice se reduz gradativamente. Dos 25 até 35 anos, 76%; entre 36 e 45 anos, 70%; entre 46 e 55, 64%; entre 56 e 65, 61% e acima dos 65 anos, 52%.
A escolaridade também segue essa tendência. Entre os empreendedores com nível superior, 70% estão no mundo virtual, seguidos pelos empresários com ensino médio completo (65%) e pelo médio incompleto (60%).