O índice de 0,8% de crescimento do comércio varejista no País, na passagem de fevereiro para março no volume de vendas pelo varejo, foi motivo de celebração por parte da diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília. Este índice é o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, superando o nível recorde anterior, alcançado em fevereiro de 2025. “Isso quer dizer que o varejo está reagindo e as expectativas para os próximos meses são positivas”, disse animado o presidente da entidade mariliense, Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao observar a terceira taxa positiva seguida, elevando o índice de média móvel trimestral a 0,6%, após avanço de 0,3% no trimestre encerrado em fevereiro. “Tivemos seis atividades em crescimento, inclusive as com mais peso, como a farmacêutica e hiper e supermercados”, exemplificou o dirigente.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em março deste ano. Dentre elas, os destaques foram os setores de Livros, jornais, revistas e papelaria (28,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%). “No ano de 2025 esse desempenho positivo não aconteceu em fevereiro para o setor, se deslocando para março, por conta de variações no calendário escolar e variações nos momentos de fechamento de contratos novos”, justificou Carlos Francisco Bitencourt Jorge que está como vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Os demais resultados positivos em março vieram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (1,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). Por outro lado, entre fevereiro e março de 2025, dois dos oito grupamentos pesquisados tiveram resultados negativos: Móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-2,1%). O setor de combustíveis e lubrificantes vinha de dois resultados no campo positivo em janeiro e fevereiro. “No mês de março há um rebatimento desse crescimento, que reflete também uma demanda menor por combustíveis naquele mês”, explicou o presidente da associação comercial mariliense, observando o comércio varejista ampliado que avançou 1,9% frente ao mês imediatamente anterior, após variação de -0,2% em fevereiro de 2025. Material de construção registrou 0,6% entre fevereiro e março, e Veículos e motos, partes e peças, 1,7%.
Ilma Maria Aires de Lucena, segunda tesoureira da diretoria executiva da associação comercial, explica que em relação a março de 2024, o volume de vendas no comércio varejista recuou 1,0%, com cinco dos oito setores investigados em queda: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,3%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,8%). Três setores apresentaram crescimento na comparação interanual: Móveis e eletrodomésticos (3,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (1,4%). “Esta pesquisa produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista”, disse a diretora da associação comercial de Marília.