Desenvolvimento e fortalecimento do comércio: é o que a diretoria da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) espera da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito com 60 milhões votos, dos quais 105 mil em Mogi, e do novo governador paulista Tarcísio de Freitas, que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com 13 milhões de votos, sendo 129 mil depositados pelos mogianos.
A presidente da ACMC, Fádua Sleiman, avalia que o comércio precisa de ações que colaborem para a recuperação do setor no pós pandemia. "Alguns indicadores, como a prévia PIB, que registrou uma alta de 1,2% no segundo trimestre deste ano, apontam para uma melhora na economia. Mas não podemos esquecer que o comércio foi um dos setores mais impactados pela pandemia, especialmente em São Paulo, um dos principais epicentros da Covid-19, que em decorrência das ações para evitar a disseminação do vírus, foi um dos últimos estados a suspender as restrições sanitárias, o que impactou a circulação de pessoas tão necessária para o setor", analisou.
No âmbito nacional, a entidade aguarda que as reformas administrativas, principalmente a tributária, possam ser colocadas em prática pelo presidente eleito. "Ainda temos muitos empresários que estão se recuperando das perdas acumuladas e precisam de um fôlego para conseguir saldar as dívidas, voltar a investir e consequentemente, gerar empregos e renda", destacou.
A alta carga tributária paulista também está no centro das atenções da Associação Comercial. "Durante a pandemia tivemos o aumento do ICMS para alguns segmentos, o que impacta os custos para os comerciantes. Sabemos que os impostos têm papel importante para gerar desenvolvimento social, mas avaliamos que algumas mudanças podem ser benéficas para movimentar a economia. Outro ponto que pode ser revisto é a política de substituição tributária do Estado, que onerou, especialmente, os pequenos empresários", avaliou a presidente.
Fádua acrescentou que a ACMC, em conjunto com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), continuará cobrando ações que apoiem o setor. "Agora, nossa luta é pela ampliação do teto do Simples, que tem o objetivo de reduzir a informalidade e colaborar para uma recuperação mais ágil de nossa economia", disse.
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