A dois meses do Natal o comércio garcense já ascende as expectativas de vendas, depois do longo período pandêmico e do desmoronar da economia. Se o comerciante se mostra confiante no aumento de vendas neste ano, o garcense também vê 2022 como um período de retomada. A expectativa é de conseguir uma vaga de trabalho temporário.
De acordo com o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, Fábio Dias, a confiança dos lojistas se justifica, principalmente, pelo desempenho do comércio nas datas comemorativas: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais e Dia das Crianças.
“Em todas essas datas obtivemos um resultado positivo, o que vem animando os lojistas para o final do ano e, agora, as atenções se voltam para o final de ano. Com isso o munícipe, principalmente aqueles que ainda não foram absorvidos pelo mercado de trabalho, veem a possibilidade de uma contratação no mercado formal de emprego. A expectativa é de crescimento na contratação temporária este ano”, disse ele.
Conforme frisou o dirigente, o Natal é a principal data para o comércio, e o pico de contratações temporárias no setor ocorre entre novembro e dezembro.
“Na realidade as contratações temporárias alcançam toda a cadeia produtiva e não apenas o comércio final. Tem as indústrias que já começaram esse movimento desde o mês passado, pois devem abastecer o mercado com os produtos. Tem o setor de serviços e aí entram os bares, hotéis. Todos se voltam para essas vagas, e entre os contratados fica sempre a expectativa de uma efetivação na empresa. Estamos confiantes nessas contratações que devem movimentar a economia”, falou Fábio Dias.
Conforme lembrou o dirigente, a partir do dia 9 de dezembro o comércio começa a funcionar em horário especial, estendendo o atendimento até às 22 horas. Diante disso, em muitos casos, as contratações temporárias são inevitáveis.
Segundo Dias, o trabalho temporário é considerado uma oportunidade de recolocação profissional mais rápida no mercado de trabalho formal, além de porta de entrada para o emprego efetivo.
“Muitos comerciantes trabalham com o grupo familiar, mas muitos acabam fazendo as contratações. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários no país para dar conta do aumento previsto para as vendas no varejo relativas ao Natal, estimado em 2,1%. Se isso se confirmar será a maior oferta de trabalho temporário em 9 anos, quando, em 2013, foram abertos 115,5 mil postos”, disse o superintendente.
As previsões da CNC são baseadas em aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“A conversão de vagas temporárias em efetivas em 2022 não deve ser tão expressiva quanto depois do Natal de 2021, quando chegou a 15%, porque, no ano passado, o varejo ainda estava repondo os postos que haviam sido fechados nas duas primeiras ondas de covid-19”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo a CNC, 97 mil trabalhadores temporários foram contratados em 2021, 46% a mais do que o registrado em 2020, o primeiro ano da pandemia da covid-19.
Os maiores volumes de contrato devem se concentrar no ramo de hiper e supermercados, no qual a previsão é de abertura de 45,5 mil vagas temporárias, e no setor de vestuário, com 25,8 mil.
Fábio Dias lembrou que, embora sejam contratações temporárias, elas são regidas pela CLT e é importante que o empreendedor cumpra a legislação trabalhista para não ser penalizado.