Cai o número de cheques devolvidos, segundo Acim
Adriano Martins, diretor financeiro da Acim, avalia performances dos cheques devolvidos
O diretor financeiro da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Adriano Luiz Martins, considerou como válida a informação da Boa Vista Serviços, que pesquisou o desempenho dos cheques emitidos no comércio em geral e constatou que o porcentual de cheques devolvidos recuou para 1,93% em junho de 2013. O porcentual foi de 1,98% no mesmo mês de 2012. No semestre a proporção é de 2,04%. “Isto reforça uma maior confiança por parte do comerciante em aceitar os pagamentos através dos cheques”, acredita o dirigente que tem este tipo de preocupação tanto do ponto de vista empresarial como institucional. “A emissão de cheques faz parte de nossa cultura comercial”, admite o lojista e tesoureiro da Acim.
Dados da Boa Vista Serviços mostram também que houve queda no número de cheques devolvidos (segunda devolução) de -15,6% na comparação mensal, como também para os cheques movimentados (-7,7%), o que contribuiu para o recuo do índice. Contra o mesmo mês do ano anterior, houve contração no número de cheques devolvidos (-11,8%) e no número total de cheques movimentados (-9,6%). Separando os cheques devolvidos de pessoas físicas e jurídicas, no acumulado do ano de 2013 na comparação com o mesmo período do ano anterior, a devolução para as pessoas físicas foi 9,5% menor e para as pessoas jurídicas a redução foi de 6,2%. No total, os cheques devolvidos recuaram 8,6% no período, enquanto que os movimentados diminuíram 9,1%.
De acordo com o dirigente da Acim hoje existem várias formas de pagamento aceitos no comércio em geral, que variam desde o pagamento em moeda, como em cheques, cartões de crédito, débito e benefícios, e os modelos mais antigos como as notas promissórias e cheques administrativos. “Sem dúvida a informática tem avançado muito neste segmento, principalmente nas vendas “on line”, em que o pagamento além de ser imediato é garantido”, falou ao apontar os cartões como as formas mais variadas de compra e venda, por participarem das transações eletrônicas. “Hoje os sistemas são intercalados e as vendas podem e devem ser mais seguras”, falou o tesoureiro da Acim.
A abertura do crediário por parte do lojista não é algo que deve ser encarado, segundo Adriano Luiz Martins, como preocupante. “Os sistemas de informação existem para ajudarem os lojistas a tomarem as decisões mais próximas do ideal”, disse ao apontar o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Acim, como o principal instrumento de consulta de crediário nas vendas através de carnês e cheques. “Consultando é possível analisar o consumidor de forma prática, específica e tranqüila”, disse, mesmo afirmando que em nenhum momento na venda a crediário é garantia de recebimento. “No crediário, ou pagamento com cheques, existe sempre o risco de “acidentes”, na vida econômica do consumidor, e o pagamento não ser efetuado”, comentou ao lembrar que consulta não corresponde a venda. “Quando uma pessoa consulta os dados do SCPC a venda pode ou não ser concluída”, disse Adriano Martins.