“As empresas não nascem grandes, mas podem se tornar”, analisa Rita Campagnoli, presidente do CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras)
Atibaia, 1 de novembro de 2019 - Como comercializar produtos no mercado internacional? A resposta, sobretudo para pequenas e médias empresas, pode estar em braços de apoio que ajudem no relacionamento comercial, contratos, logística, finanças - além de conhecimentos técnicos, habilidades com idiomas estrangeiros, vivência internacional e o conhecimento intercultural das empresas comerciais exportadoras – que impactam na redução de riscos e maximização de lucratividade e no desenvolvimento.
As Comerciais Exportadoras representando internacionalmente os produtos das MPEs foi tema de painel organizado pelo Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da ACSP, durante o 19º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), em Atibaia -SP.
Rita Campagnoli, presidente do CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras) e Coordenadora de Comércio Exterior do CMEC – FACESP, explicou didaticamente o que é uma comercial exportadora, além da importância de parceiros que dispõem de uma cadeia de colaboradores ligados a Comércio Exterior, fornecedores que trabalham com diversos braços nacionais e de várias partes do mundo e clientes com a função principal na comercialização de produtos e serviços em mercados estrangeiros. “Tudo isso possibilita que empresas que nunca exportaram cheguem ao mercado externo de uma forma menos dolorosa, com menor dispêndio de recursos financeiros e humanos, no menor tempo possível e, principalmente, com maiores benefícios. É neste ponto que as comerciais exportadoras colaboram com sua experiência para abreviar etapas e diminuir os riscos de insucesso”, pontua Rita.
Segundo ela, aspectos culturais como latinos que costumam se aproximar muito de seu interlocutor; alguns homens árabes que andam de mãos dadas; os japoneses que inclinam o corpo em sinal de respeito; os soviéticos que chegam a cumprimentar-se com um beijo na boca; tailandeses quando querem dizer SIM movimentam a cabeça de um lado para o outro (sinal que para nós quer dizer NÃO); mostrar a sola do sapato, por exemplo, no Irã e Iraque é sinal de desrespeito; na Índia é ofensivo cumprimentar utilizando a mão esquerda – tudo isso são peculiaridades que devem ser levadas em consideração. “O CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras) foi criado pelo nosso presidente da FACESP-ACSP, Alfredo Cotait Neto, com a missão de defender e representar os interesses de empresas que precisam exportar. Nesses 11 anos de atuação atendemos em torno de 2.895 indústrias”, ressaltou Rita.
O mercado internacional, de acordo com a presidente do CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras) e Coordenadora de Comércio Exterior do CMEC – FACESP, é uma janela de oportunidades de compra e venda de produtos e serviços -embora a atuação do Brasil neste cenário ainda é muito pequena. “A participação do Brasil nas Exportações e Importações Mundiais, de 1950 a 2018, é somente de 1,2%. É muito tímida, pífia. China, EUA e Alemanha são os maiores exportadores - nós ocupamos a 27% posição. Nosso objetivo é fomentar a exportação brasileira - mostrar que é possível e viável – para que possamos cada vez mais melhorar nossas posições ”, afirma Rita.
Em 2016, 4.843 empresas brasileiras iniciaram suas exportações pela primeira vez, representando um aumento na ordem de 149% em relação a 2015. “Isso mostra que é possível entrar em novos mercados, aumentar o market share (grau de participação de uma empresa em termos de venda) e ter ganhos de escala e produção. A melhoria da produtividade, incremento de qualidade, aumento de lucro e geração de novos empregos, consequentemente, impactam no crescimento econômico e de divisas para o País. Quando trilhamos esse caminho, nos inserimos no mundo globalizado. As empresas não nascem grandes, mas podem se tornar”, analisa Rita.
Para ela, a internacionalização leva ao desenvolvimento das empresas, uma vez que impacta em investimentos em modernização - seja para conquistar novos mercados ou para preservar suas posições no mercado interno. “Dá trabalho sim, não vamos negar, mas é extremante gratificante. Em um mercado cada vez mais global, integrado, quem não acompanhar esse movimento ficará para trás”, finaliza.
Mais informações:
Patrícia Gomes Baptista
Assessoria de Imprensa Facesp e ACSP
pgbaptista@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / plantão (11) 97497-0287