As conselheiras do Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da CACB foram recebidas, na terça-feira (03), pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar demandas relacionadas ao empreendedorismo feminino e políticas públicas de apoio às mulheres.
Durante o encontro, Pacheco destacou a intenção de estabelecer conexão com o CMEC para que o órgão sirva como um porta-voz das necessidades femininas no que diz respeito ao trabalho realizado pela Casa. A ideia do senador é estreitar laços, para ter mais conhecimento das carências do segmento e, assim, ter mais subsídios para trabalhar o tema no Senado.
“Nosso objetivo é estarmos mais próximas do Congresso Nacional, para que tenhamos a oportunidade de buscar a aprovação de leis que defendam a mulher e promovam melhorias ao ambiente de negócios que hoje é permeado por nós”, disse Ana Claudia Badra Cotait, presidente do CMEC.
Pouco depois do encontro com o presidente, as empreendedoras foram recebidas pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, para um bate-papo sobre diversos assuntos, mas, principalmente, sobre equidade de gêneros e as dificuldades históricas que as mulheres têm para se posicionarem no mercado.
“A verdade é que, para nós, mulheres, nos foi permitido entrar no palco do mercado muito mais tarde e quando conseguimos, só podíamos trabalhar em locais em que os homens nos permitiam. Para chegarmos onde estamos hoje, demorou muito”, disse Ilana.
Ela destacou a coragem feminina para lutar em busca de um espaço que não era facultado a elas. “Ser dona de um negócio significa ser independente, ter poder de decisão, e isso precisou ser conquistado por nós”, pontuou. Para ela, a igualdade começa na família, em casa, com quem as mulheres se relacionam, com a educação e o exemplo que dão aos filhos e com companheiros que se orgulham e as apoiam na trajetória.
A passagem de Ilana pelo Senado acumula diversas conquistas nesse sentido. Uma delas, foi a participação na criação de cotas para a contratação de mulheres vítimas de violência para serviços terceirizados. “Passamos a entender e nos comprometer com o espaço que elas podiam ocupar”, disse.
A atuação da diretora culminou na autoria do livro Equidade de Gênero no Senado Federal, que foi distribuído a todas as convidadas.
“Todo esse trabalho muda o nosso pensamento e acrescenta muito na atuação que estamos fazendo. A gente, certamente, está saindo daqui muito melhor do que entramos”, finalizou a presidente do CMEC, Ana Claudia Badra Cotait.