Alfredo Cotait Neto, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), afirmou que a compra parcelada sem juros “é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do varejo”.
“A Rede de Associações Comerciais defende o parcelamento sem juros. Após uma pandemia que destruiu grande parte do varejo, estamos necessitando cada vez mais de instrumentos que facilitem a aquisição de produtos e serviços”, afirmou Cotait.
Ao reforçar o posicionamento das Associações Comerciais, Cotait volta a defender que o atual sistema de compra parcelada seja mantido.
A discussão em torno de possíveis alterações na modalidade já dura alguns meses. O Banco Central (BC) apresentou a proposta de restringir o parcelamento sem juros, pela primeira vez, em agosto de 2023. A justificativa foi que a modalidade seria “um dos principais fatores que levariam o consumidor ao juro rotativo e, consequentemente, à inadimplência”.
Contudo, não existe, até o momento, nenhum estudo que comprove a relação entre o parcelamento e a inadimplência.
Em 3 de janeiro entraram em vigor as novas regras do rotativo. Com a mudança, a dívida total (com juros) de quem atrasa a fatura do cartão não poderá ultrapassar o dobro do débito original.