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Consultor do Sebrae fala sobre retailtainment, conceito que une varejo e entretenimento: “isso a internet nunca vai ter”

Notícias 24 de novembro de 2017

Atibaia, 24 de novembro de 2017. Gustavo Carrer, consultor e coordenador estadual do Programa Comércio Varejista de São Paulo do Sebrae, fez palestra sobre as tendências do varejo na manhã de hoje no 18º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Segundo ele, as lojas físicas estão sofrendo, de forma geral, quedas no faturamento, enquanto o comércio eletrônico se expande. Por outro lado, as lojas físicas que têm oferecido novas experiências de compra aumentam seu faturamento e ticket médio. Isso, porém, implica que elas tendem a ser menores, especializadas e locais ? no Brasil e no mundo. “O cliente tem ido menos na loja, mas ainda assim, quando vai, gasta mais”, disse o consultor do Sebrae.

Como havia dito o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra, no dia anterior, Carrer argumenta que os smartphones estarão cada vez mais no centro das relações e transações comerciais.

Diante desse cenário ? em que os consumidores, se quiserem, não precisam colocar os pés em lojas físicas, já que tudo está disponível a partir de um clique ?, o grande desafio para os varejistas é criar razões para que as pessoas queiram visitá-los. “Para sair de casa, é preciso oferecer uma experiência bacana”, resumiu Carrer.

Churrasco

Um dos novos conceitos mundiais é o retailtainment, palavra em inglês que une os termos varejo e entretenimento. A ideia é oferecer algo além da compra: um show, uma apresentação artística, uma experiência sensorial. O exemplo dado por Carrer foi a da rede varejista Pirch, voltada para artigos de cozinha e banheiro. As lojas ? todas na Califórnia, Estados Unidos ? não têm estoque e são basicamente show rooms. O cliente marca um horário e pode tomar um banho ou assar um churrasco para testar os produtos de interesse, que depois são adquiridos online.

O palestrante salientou que um dos motivos que ainda levam consumidores a lojas físicas é o prazer da descoberta, a possibilidade de encontrarem algo que nem imaginavam que existia. “Isso a internet nunca vai ter”. Assim, os lojistas precisam, cada vez mais, usar o conceito de curadoria, ou seja, ter produtos selecionados, específicos e exclusivos para o seu público-alvo. Invariavelmente, essa é uma decisão que acarreta em preços mais elevados e na especialização em nichos de consumo.

De acordo com o especialista, o consumidor tem novos caminhos para percorrer quando quer adquirir algo. Se antigamente as pessoas tinham que se deslocar até uma loja durante o horário comercial, escolher um produto e voltar para sua casa, o processo agora é diferente. “Hoje, o conceito de consumir deixou de ser algo planejado para ser algo que pode ser feito a qualquer instante”, comentou, em relação às facilidades da internet, reiterando que as empresas que não conseguirem se adaptar à nova realidade não sobreviverão.

Online e off-line

O palestrante chamou a atenção para o conceito de convergência entre online e off-line. Por exemplo, comprar pela internet e retirar na loja a qualquer momento. No Chile, a rede varejista Ripley tem parceria com o serviço postal local para disponibilizar armários nas estações de metrô de Santiago. Os clientes compram pelo site da loja e retiram o produto no armário da estação mais próxima. “Já conversei com os Correios sobre isso e acho que, em breve, muito rapidamente, eles vão oferecer isso aqui no Brasil”, revelou.

Um passo além dessa ideia é a Amazon Go, loja experimental da maior varejista do mundo em que os clientes entram, pegam os produtos e vão embora, sem interagir com nenhum funcionário e sem pegar filas. Do momento em que o consumidor entra no estabelecimento até quando vai embora, ele é acompanhando em tempo real por um conjunto de sensores, que juntamente com um algoritmo exclusivo, seguem-no durante o passeio pela loja e faturam o pagamento diretamente no aplicativo no momento em que ele põe os pés na rua. “É muito difícil levar um cliente na loja. E quando você consegue isso, você tem que conhecê-lo e fazer com que ele volte”.

O 18º Congresso Facesp tem apoio do Sebrae-SP e do Instituto Talentos e patrocínio de: Boa Vista SCPC, Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Bradesco, Certisign, Sicoob Paulista, Vivo Empresas e Correios.

Veja fotos do evento na página da Facesp no Facebook 

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225 / (11) 97497-0287 

Sobre a Facesp: A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com 54 anos de existência, promove a união das "forças vivas" do Estado de São Paulo, estimulando os empreendedores paulistas a participar da vida política, econômica e social do Estado e do País. É uma entidade de âmbito estadual, com a missão de integrar o empresariado paulista por meio das Associações Comerciais de cada município, atuando em ações que tenham por objetivo a luta pelas liberdades individuais, o apoio à livre iniciativa, a unidade da classe empresarial e a garantia da democracia e do desenvolvimento. Atualmente, mais de 420 Associações Comerciais integram a Facesp e lutam, juntas, pela bandeira do empreendedorismo.

 

 

 

 

 

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