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ECONOMIA Covid reduz em 15% a abertura de empresas

Notícias 17 de agosto de 2020
O agravamento da crise econômica brasileira por causa da pandemia da Covid-19 encolheu em torno de 15% o número de empresas abertas em Campinas no primeiro semestre deste ano, se comparado ao mesmo período de 2019. Em contrapartida, a quantidade de negócios encerrados apresentou melhora com retração de aproximadamente 26%. Os dados são de um levantamento feito exclusivamente com dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic).
O balanço aponta a criação de 2.464 empresas em 2020, ante 2.906 no ano passado. Ou seja, 442 a menos. Por outro lado, a cidade fechou 601 negócios a menos neste ano, observando que 1.717 deixaram de existir, contra 2.318 encerrados em 2019. Economista da Acic, Laerte Martins analisa que a desaceleração da economia e as incertezas sobre por quanto tempo mais será necessário promover medidas de enfrentamento ao novo coronavírus reduzem a ousadia dos empreendedores. Consequentemente, a maior preocupação acaba sendo a manutenção das firmas já existentes, tornando mais raras as expansões e novos investimentos no mercado.
Martins contextualiza que os órgãos governamentais têm concentrado forças nesse sentido, dada sua importância inclusive para a manutenção de empregos. O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do governo federal, por exemplo, preservou 97.176 postos de trabalho na cidade. Segundo dados do Ministério da Economia, até o final de julho, 12 mil empresas instaladas no município recorreram à medida firmando cerca de 141 mil acordos.
Ainda sobre as empresas, detalha que as microempresas aparecem como principais atores nas estatísticas referentes a 2020. Neste ano, foram criados 1.771 negócios desse tipo em Campinas, enquanto 1.273 foram encerrados. Martins esclarece que essa classe de firmas é a mais democrática e vulnerável, pois contempla, por exemplo, um vendedor de cachorro quente que atua de forma legal. Nesse contexto, muitas dessas empresas que se resumem a uma pessoa têm consideravelmente menos estrutura, na comparação com uma empresa de pequeno porte (EPP).
Impactos
Pelo menos 103 estabelecimentos instalados em shoppings centers de Campinas encerraram suas atividades desde o início da quarentena. Os dados são de um levantamento apresentando no fim de julho pela Comissão de Shoppings Center da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas. A retomada das operações em horário restrito aconteceu no último dia 27. Contudo, na ocasião, o presidente da Comissão de Shoppings Centers da OAB Campinas, Gustavo Maggioni, afirmou que, se a restrição de horário de funcionamento perdurar por muito tempo, mais estabelecimentos vão fechar durante os próximos meses.
O setor, entretanto, também obteve boas notícias nos últimos dias. Na quarta-feira passada, o Campinas Shopping, no Jardim do Lago, anunciou que vai receber quatro novas operações no segundo semestre nos setores de papelaria, vestuário e moda, beleza e alimentação, com a chegada da Kalunga, Riachuelo, Patroni Pizza e Sóbrancelha.
As lojas estarão localizadas no térreo do shopping e ainda estão em fase inicial com os preparativos para inauguração. "Queremos proporcionar mais praticidade e comodidade para frequentadores, com as operações inéditas que chegarão no decorrer de segundo semestre. Estamos ajudando a melhorar o desenvolvimento com a geração de emprego e renda, movimentando a economia local. Além disso, concentramos em um único lugar mais opções de compra e serviços para atender a demanda dos moradores da região", explica Nathalia Sandoval, coordenadora fiscal do Campinas Shopping.
Mês de julho registra saldo positivo de empreendimentos
O mês de julho registrou saldo positivo de 168.492 empresas abertas no Brasil, segundo a ferramenta on-line Mapa de Empresas, disponibilizada pela Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia. Os dados apontam que, no mês passado, foram abertas 250.308 empresas no País. No mesmo período, foram fechados 81.816 negócios. Os estados que registraram maiores crescimentos na abertura de novos negócios, na comparação com o mês anterior, foram: Alagoas (+19,82%); Rio Grande do Norte (+12,51%); e Pernambuco (+11,72%). Entre as principais atividades econômicas abertas no mês de julho, na comparação com o mês anterior, destacam-se: a preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo (+7,52%) e o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (+1,61%). Ainda de acordo com a ferramenta, o empreendedor leva, em média, três dias para abrir uma empresa no Brasil. O número representa uma queda de 5,56% no tempo se comparado com o mês anterior (três dias e quatro horas).

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