No dia em que o Impostômetro bateu a casa do R$ 1 trilhão em impostos pagos pelos brasileiros aos governos federal, estadual e municipal, Mogi das Cruzes atingiu os R$ 167 milhões em contribuição. A ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) leva em consideração os tributos, taxas e contribuições, além das multas, juros e a correção monetária para compor o número.
A marca de R$ 1 trilhão foi alcançada às 1h37 desta terça-feira (3). No ano passado, esse valor só foi atingido 16 dias depois. Já o montante de R$ 167 milhões em impostos pagos pelos mogianos, foi obtido em 2021, apenas no dia 19 de maio. Em 2019, período pré-pandemia, o mesmo valor foi conquistado no dia 29 de maio.
De acordo com a presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Fádua Sleiman, os números do Impostômetro são reflexos do momento atual, que registra aumento no preço dos produtos e consequentemente alta da inflação, que tem deteriorado o poder de compra da população. “Tivemos a alta no preço de vários produtos como alimentos, gás de cozinha e combustíveis. Sabemos que os impostos incidem no valor final dos produtos, o que contribui para o aumento da arrecadação”, avaliou.
Para efeito de comparação, em 3 de maio de 2021, o volume de impostos pago pelos mogianos foi de R$ 150 milhões, o que representa um aumento de 11% se levar em conta os resultados atuais.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o brasileiro trabalhou no ano passado 149 dias apenas para pagar impostos. Em 2020, foram necessários 151 dias, já entre 2016 e 2019, esse período foi de 153 dias.
Ainda segundo o IBPT, o Índice de Retorno ao Bem Estar da Sociedade (IRBES), que leva em consideração os 30 países com a maior carga tributária, aponta que o Brasil é o que registra o pior retorno à sua população, comparando o volume arrecadado com o retorno em termos de serviços públicos de qualidade.
O total de impostos pagos pode ser acompanhado em tempo real pelo site do Impostômetro (www.impostometro.com.br).
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