A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) apoia os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que apura a falta de energia na capital paulista e na Grande São Paulo.
Representante da classe empreendedora e das micro e pequenas empresas (MPEs), a Facesp recebeu o convite para apoiar a CPI do presidente da Comissão, deputado estadual Thiago Auricchio.
A Facesp fez um levantamento junto às Associações Comerciais das 24 cidades afetadas e que estão na área de concessão da Enel. Cerca de 254 mil empreendedores, nas 23 cidades atendidas pela Enel, com exceção da capital paulista, ficaram sem trabalhar devido à falta de energia do apagão de 3 de novembro, em escalas de tempo que variaram entre quatro e 72 horas.
Nos 23 municípios, que compreendem as regiões do ABCD Paulista; de Barueri e Osasco; e de Jundiaí; existem, aproximadamente, 73 mil estabelecimentos comerciais; 141 mil prestadores de serviço, e outras 40 mil empresas de segmentos variados, entre eles industrial e agropecuária.
FALTA DE TRANSPARÊNCIA
Entre as reclamações mais recorrentes estão a falta de transparência e a ausência de clareza nas respostas por parte da concessionária.
Os empreendedores dizem que não recebem nenhum tipo de informação sobre o que causou a interrupção no serviço ou uma previsão de retorno da energia. Quando o contato com a concessionária é feito, a resposta é automática.
Com acesso a informações, seria possível ter o mínimo de previsibilidade e, desta forma, amenizar perdas ao transferir o estoque, avisar os clientes, atualizar agendas, entre outras alternativas.
A falta de assistência também foi alvo de queixas. Bares, restaurantes, cabeleireiros, docerias, supermercados, estamparias, clínicas estéticas, pet shops, drogarias e farmácias, segmentos que encabeçam a lista dos mais prejudicados, relatam que não tiveram nenhum tipo de apoio da concessionária.
Em depoimento à CPI, o presidente da Enel São Paulo, Max Xavier Lins, voltou a prometer um plano para indenizar afetados. Pressionado pelos membros da comissão, Lins disse que apresentará uma proposta até semana que vem.
“Tem o meu compromisso pessoal, como presidente da companhia, que até 6 de dezembro divulgaremos qual é a nossa proposta”, disse.
REUNIÕES
Muitos estabelecimentos comerciais sofrem, ainda hoje, com instabilidades e oscilações de energia. Em virtude disso, as Associações Comerciais tem promovido encontros entre empreendedores e autoridades, com o objetivo de ouvir as demandas e buscar meios de amenizar os prejuízos ou evitar novas perdas.
As informações apuradas pela Facesp já foram repassadas à CPI. A Rede de Associações Comerciais segue à disposição para colaborar com as investigações.
Mais informações:
Cleber Lazo / Comunicação Facesp / cleber.lazo@facesp.com.br / (11) 4240-8034/ (11) 98340-4952
SOBRE A FACESP: A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com 60 anos de existência, promove a união das "forças vivas" do Estado de São Paulo, estimulando os empreendedores paulistas a participar da vida política, econômica e social do Estado e do País. É uma entidade de âmbito estadual, com a missão de integrar o empresariado paulista por meio das Associações Comerciais de cada município, atuando em ações que tenham por objetivo a luta pelas liberdades individuais, o apoio à livre iniciativa, a unidade da classe empresarial e a garantia da democracia e do desenvolvimento. Atualmente, mais de 420 Associações Comerciais integram a Facesp e lutam, juntas, pela bandeira do empreendedorismo.