Facesp apoia o diálogo e o bom senso durante negociações sobre o dissídio coletivo

A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) apoia o diálogo e o bom senso durante as negociações sobre o dissídio coletivo em 2020. Em um ano atípico, com a pandemia da covid-19, que gerou uma crise econômica sem precedentes, a Facesp defende e reforça a necessidade de comerciantes e comerciários terem como foco a manutenção do emprego e da renda. 

A convite do presidente da Facesp, Alfredo Cotait Neto, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, participou da reunião dos Conselhos Diretor e Gestor da Federação, realizada na tarde desta terça-feira (04/08). 

Patah informou que tem dialogado com os sindicatos regionais e destacado que este é o momento de “recuperar o folego”. “Os sindicatos dos comerciários de cada cidade têm autonomia para decidir, mas a orientação da UGT é para que haja o adiamento das discussões sobre a recomposição salarial nos setores diretamente afetados pela pandemia”, disse. A data-base do comércio é setembro. 

“A proposta que coloco em discussão é para que o item ‘reajuste salarial’ seja adiado para o ano que vem, quando o cenário poderá ser diferente do atual e aí sim poderemos ter um panorama mais adequado para abordar questões econômicas, porém, é importante destacar que a discussão dos outros tópicos da relação trabalho-capital será feita neste ano, dentro da data-base”, destacou Patah. 

O presidente da UGT ressaltou que os comerciantes “estão com dificuldades de pagar as contas e manter o negócio aberto, assim, uma reposição salarial neste momento criaria mais um problema”. “É preciso diálogo e equilíbrio. Os trabalhadores estão totalmente alinhados aos donos dos estabelecimentos, porque sem comércio não há emprego”, frisou. 

APOIO

O presidente da Facesp disse que a orientação da UGT é fundamental e visa à manutenção dos empregos. “Entendemos que a responsabilidade é dividia entre vários sindicatos, mas a voz da UGT tem força para ecoar em todo o Estado”, avaliou Cotait. 

“Vamos continuar buscando o diálogo entre as entidades patronais e as representantes dos trabalhadores. Na próxima semana, vamos ouvir os representantes da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FecomercioSP)”, adiantou o presidente da Facesp. 

Já o superintendente-geral da Facesp, Natanael Miranda dos Anjos, disse que o posicionamento da UGT é um grande exemplo. “A proposta, vindo de uma entidade representativa como a UGT, será vital para o consenso entre os sindicatos”, ponderou. 

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Cleber Lazo            

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Sobre a Facesp: A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com 56 anos de existência, promove a união das "forças vivas" do Estado de São Paulo, estimulando os empreendedores paulistas a participar da vida política, econômica e social do Estado e do País. É uma entidade de âmbito estadual, com a missão de integrar o empresariado paulista por meio das Associações Comerciais de cada município, atuando em ações que tenham por objetivo a luta pelas liberdades individuais, o apoio à livre iniciativa, a unidade da classe empresarial e a garantia da democracia e do desenvolvimento. Atualmente, mais de 420 Associações Comerciais integram a Facesp e lutam, juntas, pela bandeira do empreendedorismo.