Fundamentais para ampliar a oferta de crédito ao consumidor, os serviços de proteção ao crédito garantem maior segurança na concessão de financiamentos e simplificam as operações.
Criado em 1956, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) atendia à demanda de seus associados que vendiam a prestação e buscavam certa garantia para conceder crédito aos consumidores.
Era a partir do cadastro de negativos de um grupo de lojas associadas, como Mappin e Ducal, que o serviço permitia o cerco daqueles que já estavam em débito, além da inclusão dos nomes que se tornavam inadimplentes posteriormente. O tempo passou e, em 2010, para continuar competitivo no mercado, o SCPC buscou investidores. Nascia então a Boa Vista SCPC.
No ano passado, mais uma etapa desse processo aconteceu, com a combinação de negócios entre a Boa Vista e a Equifax, permitindo usar a experiência global da companhia americana, que opera em 24 países, assim como sua tecnologia e capacidade de investimentos para expandir as operações do birô de crédito no Brasil.
O PRÓXIMO PASSO...
Agora, a prioridade é resgatar o vigor da marca SCPC e fortalecer essa plataforma, segundo Alexandre Kanbach, diretor comercial da Equifax.
"A marca SCPC tem um peso tão grande nesse processo de recuperação de dívida que quando o devedor recebe um comunicado impresso ou digital informado pelo SCPC, isso ganha uma urgência diferente", disse o executivo durante o 21º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ações para fortalecer ainda mais a marca estão sendo elaboradas, segundo Kanbach. A expectativa é que a partir de junho algumas novidades sejam anunciadas.
Aposta nos pequenos negócios - Apostando na capilaridade da rede de associações comerciais, Kanbach diz identificar na robusta estrutura comercial dessas sedes regionais um dos principais alavancadores da Boa Vista-Equifax.
O objetivo de ampliar a participação no mercado de análise de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) passa pela criação de uma vice-presidência de PME, comandada por Luiz Rufino.
Anteriormente, o departamento comercial da Boa Vista era unificado, com PMEs e grandes empresas. Essa nova divisão, segundo Rufino, permite desenvolver ações voltadas especificamente aos pequenos negócios, atendendo as particularidades e necessidades do segmento.
De um modo geral, o plano é levar inovação à rede Facesp, compartilhando experiências que deram certo em outros países, como nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa, na Ásia, na Índia, na Austrália, e outros lugares em que estão presentes.
“As associações comerciais parceiras terão a responsabilidade de apoiar e abrir as portas para o birô, por meio de agendas de visita, eventos, entre outras iniciativas para juntos transformarmos este potencial a ser explorado em receita real”, disse Kanbach.
Enquanto as associações comerciais trabalham na busca por novos clientes, a Equifax apoiará esse processo oferecendo inteligência analítica, capacitação, leads, estudos de potencial, além de produtos e serviços de qualidade.
Nas palavras do executivo, o trabalho dessa rede de associações se destaca justamente pela proximidade e pela forma direta como elas se comunicam com os lojistas. Quatro pilares centrais norteiam essa nova estratégia comercial:
Qualificação: capacitação e qualificação constantes da força comercial, com um maior engajamento das equipes das associações comerciais; e identificação e o compartilhamento das melhores práticas adotadas na rede Facesp, que resultaram em desempenhos de destaque;
Governança: implantação de um modelo de negócio focado em resultados e metas, utilizando indicadores e benchmarks de desempenho. Neste pilar estão previstas as reuniões com o comitê gestor da Facesp, quando assuntos estratégicos e de ações práticas de melhoria do novo plano comercial serão debatidos;
Cobertura: ampliação da base de consulentes;
Dados: aceleração da agenda de negativação e do consumidor positivo.