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“Guarda Mirim” sofre sem receitas e teme fim de suas atividades sócio educativas

Notícias 29 de junho de 2020

Representantes da AMO-SIM (Associação Mirim de Ourinhos e Serviço de
Integração de Meninas), mais conhecida com “Guarda Mirim”, estiveram nessa segunda-
feira, 29, na ACE (Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos), para apresentar a
atual situação da entidade após as restrições determinadas pelas autoridades federais em
face da crise da Covid-19. Sem suas duas únicas fontes de receita para despesas de
custeio, oriundas das empresas que contratam “guardinhas” e da arrecadação com a Zona
Azul, o serviço pode deixar de existir caso alguma alternativa não seja encontrada nos
próximos meses.
Participaram do encontro os representantes da AMO-SIM, Max Jardim Arce
(presidente), Fioravante Neto (vice-presidente), Ede Carlos Pinheiro (educador social) e
Fabiano (professor), e da parte da ACE, Fred Corrêa Leite (diretor), Gilvano José da Silva
(gerente e consultor jurídico) e Fernando Cavezale (comunicação e marketing). Participou
também o professor da Fatec, Miguel José das Neves.
Conforme o relato da AMO-SIM, por se enquadrarem em grupo de risco, desde o
início da quarentena os menores atendidos foram obrigados a deixar seus empregos em
empresas ourinhenses na condição de menores aprendizes, assim como o serviço de
venda de bilhetes da Zona Azul. Aproximadamente, 150 jovens estavam empregados, 85
prestavam serviço na Zona Azul e 230 haviam acabado de concluir o curso de formação
que a “Guarda Mirim” oferece semestralmente. “Todos eles estão em casa, recebendo
suas remunerações, aguardando os acontecimentos”, informou o presidente da AMO-
SIM, Max Jardim Arce.

O agravante é que os jovens que estavam trabalhando nas empresas foram
afastados por dois meses com suspensão temporária prevista em lei, mas desde o dia 17
de junho dependem da entidade para realizar seus pagamentos. “Nosso passivo
trabalhista nesse período já ultrapassa R$ 60 mil”, disse Fioravante Neto, vice-presidente
da AMO-SIM. A entidade aguarda uma possível prorrogação do benefício.
O diretor Fred Corrêa Leite levantou as informações e apresentou algumas ideias
que serão discutidas pela direção da ACE oportunamente para que a “Guarda Mirim”
possa contar com a colaboração da entidade patronal. “Primeiramente, vamos fazer um
levantamento da situação trabalhista e jurídica da Guarda para sabermos exatamente a
sua situação e o tamanho do desafio”, afirmou, Fred. Segundo ele, o foco deverá ser um
apoio emergencial para tentar viabilizar uma receita mínima necessária pela AMO-SIM.
“Vamos levar o que foi discutido ao nosso presidente, Robson Martuchi, que não pôde
participar dessa reunião, assim como para os demais diretores da nossa associação, para
que, juntos, possamos colaborar de alguma forma com a Guarda”, antecipou, Fred.
Uma das ideias cogitadas na reunião foi a realização de uma campanha de venda
antecipada de talões da Zona Azul. “Claro que doações de empresas e cidadãos seriam
muito bem vindas para esse momento crítico por que passa a Guarda Mirim de Ourinhos,
mas creio que uma campanha em que todos possam contribuir com pouco pode mobilizar
nossa cidade. Perder a Guarda Mirim está fora de cogitação”, disse, Fred.

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