A Associação Comercial e de Inovação de Marília acredita que o volume de vendas este ano deve ser maior do que a do ano passado, baseado em recente pesquisa que aponta o desejo de comprar um presente para a mãe em mais da metade dos brasileiros (51,8%) com esta intenção para o Dia das Mães, que acontece dia 13 de maio, domingo, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que é o termômetro do varejo nacional, por reunir maior número de lojistas e consumidores na América Latina. “O percentual supera o registrado em igual data do ano passado”, disse o presidente da entidade mariliense que acredita que a cidade está preparada para receber 1,5 milhão de pessoas no entorno inferior à 100 quilômetros de extensão aproximadamente.
De acordo com o superintendente da associação comercial de Marília, José Augusto Gomes, com mais de quatro décadas no varejo local, a pesquisa é estimulante, afinal, mais de 50% dos entrevistados demonstraram intenção de comprar um presente para mãe. O estudo foi realizado a partir de uma amostra com 1.663 entrevistados. Do grupo de entrevistados que planejam presentear as mães, 41,2% pretendem gastar mais do que em 2022, enquanto 30% afirmaram o contrário. “Vivemos um momento melhor e daí a expectativa de vendas cresce”, disse o dirigente experiente no comportamento do consumidor de Marília. “Sem a influência política por não haver eleição, e ainda, com a deflação na economia, isso ajuda a melhorar o ambiente de compra e venda”, disse o dirigente da associação comercial que confia na pesquisa que, com relação ao volume de gastos, aponta que a grande maioria (78,8%) pretende gastar entre R$ 50 e R$ 300. “Isso faz com que os lojistas estejam preparados”, comentou.
A pesquisa desenvolvida pela Associação Comercial de São Paulo mostra ainda que 61% dos entrevistados que irão presentear as mães afirmaram que comprarão os presentes em lojas físicas. Além disso, 46,2% das compras devem ser realizadas em pequenos estabelecimentos e comércios. “Mas isso não quer dizer que o e-commerce não seja forte”, falou ao reconhecer a venda eletrônica como um fato e que as empresas devem oferecer os dois segmentos: virtual e físico. “Nos dias de hoje o comerciante não deve descartar qualquer tipo de oportunidade para vender”, ensinou o representante da associação comercial mariliense que acredita num crescimento no volume de vendas, na ordem de 7 a 10 por cento no máximo, no comparativo com o movimento do ano passado.
Este estudo realizado mostra que os vestuários lideram a intenção de compras para a data, com 57,7% dos respondentes apontando esses itens. O percentual, porém, ficou bem abaixo do último levantamento (80%). A pesquisa aponta também importantes reduções nas intenções de compra de móveis e eletrodomésticos, além dos “digitais”, que juntos alcançam cerca de 36,2%, ante quase 73,0% registrados na pesquisa de 2022. "Essa importante mudança poderia estar associada ao retorno das atividades presenciais, reduzindo a prática do home office e a permanência no lar, e também poderia indicar a menor disposição a comprar itens mais caros, dado o menor crescimento da renda e o encarecimento do crédito", avalia Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
LEGENDA – José Augusto Gomes, da Associação Comercial de Marília, acredita em vendas melhores este ano do que em 2022
LEGENDA/FOTO – ARQUIVO: Guto 100523