Os comerciantes em geral ficaram animados com a elevação de 2,4% nas vendas, somente na primeira quinzena de Setembro, de acordo com o Balanço de Vendas, desenvolvido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que é considerada como parâmetro para o varejo nacional por reunir o maior número de comerciantes e a maior concentração de consumidores na América Latina. “Isso faz com que nós do interior também fiquemos animados”, disse o tesoureiro da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Bastos, Cezar Watanabe, que gostou dos números apresentados pela pesquisa. “É uma tendência que gostaríamos que atingisse a todos, principalmente os empresários da nossa região”, falou o experiente comerciantes bastense.
Com o mesmo número de dias nos dois períodos (12 dias), a alta foi puxada pelas transações à vista, registradas pelo Indicador do Movimento de Cheques (ICH), que cresceram 4%, enquanto as vendas a crédito cresceram 0,8%, de acordo com o Indicador do Movimento de Comércio a Prazo (IMC), que basicamente contabiliza vendas de móveis e eletrodomésticos. Para a ACSP, o consumidor segue cauteloso com as vendas parceladas, pois o desemprego ainda alto desanima os consumidores, que preferem ter uma reserva. “Entretanto, por curiosidade, a variação dessa mesma quinzena em 2018, foi de apenas 0,6%. Portanto, esse crescimento de 2,4% é muito significativo para um mês que é considerado o segundo mais fraco para o comércio paulistano”, Emílio Alfieri, economista da ACSP.
De acordo com Emílio Alfieri mesmo sendo preliminar, a medição de 2,4% já é melhor que a média de janeiro – agosto, que foi de 1,8%. Essa melhora veio devido ao crescimento da categoria de roupas, calçados, acessórios e objetos de uso pessoal. O economista destaca os itens ligados à estação, como os de primavera/verão e praia. Ele cita que os dois finais de semana desta primeira quinzena registraram alta no fluxo de veículos para o litoral. “O tempo seco, e os períodos quentes estão deixando o consumidor muito confuso sobre o que comprar”, imagina Cezar Watanabe ao admitir ser difícil definir as estações do ano. “Os períodos de frio e chuvas estão ficando cada vez menores e os intervalos cada vez maiores”, reconheceu o dirigente da associação comercial de Bastos.
Para a entidade paulistana que faz regularmente pesquisas de comportamento, tanto de consumidores como com lojistas, as promoções dos comerciantes referentes à Semana do Brasil também podem ter contribuído para esses valores. O comércio popular de rua apostou em ofertas e descontos. Além disso, a liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) só ocorreu no dia 13/9, quase no fechamento da quinzena. Por essa razão, a expectativa é de que ao longo do mês, esses números possam melhorar.
VARIAÇÃO MENSAL - Na comparação com as duas primeiras semanas de agosto, o comércio da capital paulista caiu 5,7% em setembro. A redução se deu pelo desempenho do sistema à vista (-17,8%). No entanto, o economista indica que se trata de um desempenho sazonal, uma vez que em agosto, as vendas foram impulsionadas pelo Dia dos Pais. Já no sistema a prazo, houve alta de 6,5%. O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.
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