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No Dia dos Pais, vendas on-line são a grande aposta do comércio

Notícias 07 de agosto de 2020

O comércio on-line será o principal responsável pelas vendas do Dia dos Pais. A avaliação, segundo as associações comerciais ligadas à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), é a aposta dos comerciantes diante das medidas restritas impostas pelos governos, como o horário reduzido e cidades ainda com lojas fechadas. 

Estratégias como a antecipação de liquidações, além de promoções e campanhas em sites e nas redes sociais, serão realizadas com o objetivo de recuperar parte do prejuízo da crise econômica gerada pela pandemia. 

A Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) prevê a venda de R$ 104,5 milhões em produtos por meios eletrônicos na RMC (Região Metropolitana de Campinas). A quantia representa alta de 72,27% em relação à mesma data do ano passado. 

Laerte Martins, economista da ACIC, afirma que a pandemia dinamizou as vendas pelo comércio eletrônico. "Esse comportamento (de isolamento) levou o consumidor a se utilizar das compras por e-commerce, indicando uma mudança de hábito que veio para ficar e crescer no comércio varejista."

“Depois de tanto tempo fechados, os empresários necessitam urgentemente recuperar a saúde financeira de seus estabelecimentos para que possam colocar as suas contas em dia e garantir os empregos”, completa Adriana Flosi, presidente da ACIC Campinas.

O presidente da Acias (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Sumaré), Juarez Pereira da Silva, lembra que apesar de todas as restrições e limitações impostas ao comércio, o Dia dos Pais representa uma ótima oportunidade porque os lojistas já estão familiarizados com as novas formas de atender e vender para o cliente.

“Quando ficou com as portas fechadas, o comerciante precisou se reinventar. As vendas pela internet, com delivery ou no formato drive-thru são uma realidade”, destaca Silva.

Os comerciantes se adaptaram e as vendas estão sendo realizadas por meio de telefone, da internet e das redes sociais, explica o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc), Antonio Carlos Beltrame. De acordo com a Acirc, as vendas online devem crescer cerca de 142% em relação ao mesmo período passado.

Já a Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos espera um aumento médio de 4% nas vendas, mas com expectativas bem diferentes entre os diversos setores. Nas lojas físicas, se o movimento repetir as vendas de 2019 (quando foi registrado um aumento de 3%) já é considerado uma vitória.

Nas lojas virtuais e nos estabelecimentos que investiram em vendas on-line a expectativa é de crescimento de 9%. O motivo é claro: o setor de e-commerce, assim como as lojas que adotaram serviços de delivery e drive-thru, passaram a concentrar mais de 70% das vendas do comércio.

Uma pesquisa da Associação Comercial de Sorocaba, em parceria com a ESAMC Jr., mostra que a maioria dos consumidores (60%) compraram presentes para os pais em 2019. Neste ano, 44% já se decidiram pela compra e 15% ainda estão indecisos. Pelo estudo, 84,4% dos entrevistados pretendem realizar as compras via internet.

“Nossa expectativa é que essa data movimente o comércio da cidade e traga bons resultados para os comerciantes, que anseiam por isso”, destaca Sérgio Reze, presidente da entidade.

Em Suzano, segundo a Associação Comercial da cidade, as vendas presenciais não deverão ter aumento, porém, as digitais poderão crescer 23% em relação ao ano passado.

OTIMISMO x APREENSÃO

As expectativas das associações comerciais variam de acordo com o nível de restrição imposta. Muitas apostam em crescimento, outras descrevem um cenário não tão animador, enquanto há quem comemore o simples fato de poderem passar uma data comemorativa com as portas abertas.

O diretor da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), Walter Carrazone Júnior, por exemplo, comemora a abertura das lojas, mesmo que em horário reduzido.

"Estamos esperançosos. Não dá para medir uma projeção de alta, mas só de vender um pouco a mais, poder pagar os fornecedores e ajuda a recuperar as perdas desses cinco meses", afirmou.

Mark William Ormenese Monteiro, presidente da ACE Jundiaí, acredita que será muito difícil recuperar as vendas perdidas durante o isolamento ou então vender mais do que o mesmo período do ano passado . Mas, com certeza, o Dia dos Pais vai puxar as vendas do varejo. “Para alguns lojistas, a expectativa é de aumento tímido de vendas, outros esperam queda de até 40%”, informa.

“Apesar da pandemia tanto comerciantes quanto consumidores estão se adaptando e já começamos a viver um novo normal”, ponderou o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Rinaldo José Traskini.

Em Santa Bárbara d'Oeste, a esperança é de um fluxo de vendas melhor. O presidente da associação, João Batista de Paula Rodrigues, destaca que a flexibilização do setor econômico representa uma esperança de leve recuperação.

O presidente apela para a conscientização dos consumidores, a fim de evitarem aglomerações e uma possível nova regressão no Plano São Paulo. "Também é importante que as lojas mantenham as determinações de higienização, uso de máscaras e distanciamento", orienta.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que o movimento de vendas do varejo da capital paulista cresça em torno de 20%, em relação aos primeiros dez dias de julho. “Tendo em vista não apenas o apelo dessa data, mas também o fato de que muitos que não puderam presentear as pessoas durante o período do isolamento, agora poderão aproveitar as promoções para comprar”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Presidente da ACIV Valinhos, Emerson Ferrari, afirma que as previsões apontam quedas históricas. “A projeção é de uma redução de 60,9% nas vendas comparadas como período anterior’', informou.

Para Fádua Sleiman, vice-presidente da ACMC Mogi das Cruzes, o Dia dos Pais é praticamente a primeira data comemorativa com as lojas abertas e a circulação de consumidores nas ruas, então, a expectativa é grande.

"A reabertura do comércio em Mogi se deu no Dia dos Namorados, o que limitou os resultados. Desta vez não. O comércio já está funcionando há algumas semanas e o consumidor está adaptado aos horários”, finaliza. 

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