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Os imbróglios da reforma tributária que estão longe da solução

Notícias 24 de junho de 2024

Os imbróglios da reforma tributária que estão longe da solução

DO DIÁRIO DO COMÉRCIO

Split Payment, cashback, não-cumulatividade, devolução dos créditos... Esses são só alguns pontos polêmicos da reforma tributária que continuam alvos de debates entre governo, parlamentares e entidades representativas de setores da economia. 

A complicação é tamanha que levou sete congressistas a elaborarem uma nova redação para o PLP 68, apresentado pelo governo em abril último. Essa alternativa, e os pontos negativos e positivos da reforma em tramitação, foram debatidos na FecomercioSP na última sexta-feira (21).

Entre as principais divergências está a promessa da não-cumulatividade, um dos pilares da reforma, segundo os especialistas: apesar do artigo 156 da Constituição exigir o princípio da neutralidade e a compensação do tributo cobrado (exceto sobre as operações de uso e consumo), os especialistas questionam se o PLP 68 assegura esse princípio plenamente.

E o split payment, que prevê o recolhimento do tributo na liquidação financeira: não seria temerário construir um sistema tributário baseado na sistemática, já que ele é complexo e sem garantia de eficiência? Com a restrição do crédito para o efetivo pagamento do tributo, como será afetado o fluxo de caixa da empresa em aquisições a prazo?

Considerando que mais de 90% das empresas do país são optantes do Simples, também é imprescindível discutir os impactos de uma possível perda de competitividade se elas forem tributadas pelo regime único e inseridas no meio da cadeia produtiva. Sem contar a indefinição de alíquota (a reforma prevê o IVA com alíquota de 26%). Ou ainda a restrição de créditos do PIS/Cofins ao tributo efetivamente pago.

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