Piracicaba teve, no mês de abril, redução de 1.677 postos de trabalho. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério da Economia. Esta é a segunda queda consecutiva, neste ano, no saldo (diferença entre desligamentos e admissões) de empregos da cidade. Em março, o saldo dos empregos foi de menos 17.
Os índices mostram os setores que mais registraram quedas nos empregos no mês de abril em Piracicaba: o Comércio teve redução de 716 postos de trabalho; Serviços, com menos 700 empregos; Indústria, com 449 demissões e a Construção Civil, demitiu 72 empregados.
Para o presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Luiz Carlos Furtuoso, o saldo negativo de abril já reflete a realidade de muitos estabelecimentos fechados devido à pandemia de Covid-19. “Desemprego sempre traz consequências para todas as atividades. Não consumindo, o comércio não compra da indústria, que não compra de seus fornecedores e daí por diante em toda a cadeira produtiva. A maioria está fechada há cerca de 80 dias. Já viemos de um período de crise de alguns anos e o capital de giro das empresas foi reduzido, por isso, o impacto foi muito maior. Não sabemos o que ainda gerará de consequência em termos de desemprego. Como os próprios números (do Caged) demonstram, até fevereiro estávamos recuperando emprego e agora perdemos novamente. Em maio, junho e julho, certamente, será mantido esse quadro de demissões”, afirma.
No mês de abril houve em Piracicaba 3.415 desligamentos contra 1.738 admissões, o que gerou, portanto, a redução de 1.677 empregos. Em março, houveram 4.122 desligamentos ante 4.105 contratações. No mês de janeiro e fevereiro o saldo de empregos foi positivo: 160 e 544, respectivamente.
Os índices de emprego nacionais também apontaram saldo negativo: - 240.702 em março e de - 860.503 no mês de abril, enquanto nos meses de janeiro e fevereiro, os resultados foram positivos, consecutivamente: 113.155 e 224.818 empregos gerados.
Furtuoso ressalta, ainda, que a Acipi tem apoiado as empresas a fim de que possam ser evitadas, ao máximo, as demissões. “Elas estão tentando manter os empregos porque é fundamental para a continuidade delas e para amenizar os impactos na sociedade. Esperamos voltar à vida normal, na medida do possível, para que possa ser retomada a economia. Por isso, é importante que a sociedade colabore nesse momento. As empresas estão respeitando os cuidados necessários para suas atividades e a liberação do comércio para o funcionamento requer responsabilidade de toda cidade em respeitar as regras e os cuidados já orientados pelas autoridades de saúde. Cada um precisa dar a sua contribuição e, assim, sairmos desta situação difícil o quanto antes e com tranquilidade, reduzindo todo o estresse e perdas gerados neste período”, destaca.
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