Garça fechou o primeiro trimestre do ano com US$ 8,09 milhões em exportações, o valor é -72,5% menor que no mesmo período do ano passado, quando foram exportados US$ 29.441.010. Apesar da queda acentuada, a balança comercial garcense fecha com superavit de US$ 6,23 milhões no primeiro trimestre do ano. As importações no mesmo período totalizaram US$ 1,86 milhões e apresentam um aumento de 51,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram importados US$ 1.228.338.
“No ano passado, de janeiro a março, nossa balança comercial registrou um superavit acima de US$ 28 milhões. A queda é grande e, num primeiro momento nos traz preocupação, mas temos que observar outros pontos. Na questão das exportações tivemos um desempenho desfavorável do café. O café sempre respondeu, de forma absoluta, pela maior parte de nossas exportações. Em 2022 ele foi o responsável por 75% do que exportamos. No entanto o produto neste ano apresentou recuo expressivo em volume e faturamento. As perdas produtivas dos anos anteriores e o período de entressafra afetaram os embarques. De janeiro a março desse ano ele foi responsável por 48% das nossas exportações”, disse Mauro José de Sá, presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG.
Segundo o dirigente, o desempenho do produto (café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café; sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção) afetou a balança comercial, mas, apesar da queda os números são positivos.
“A retração no café foi bem expressiva e impactou nos resultados gerais, em relação ao ano passado. Mas é preciso lembrar que, como apontam especialistas, o primeiro trimestre ainda é muito instável, com produtos variando. Vamos ter uma noção melhor das tendências a partir de abril e maio”, disse o dirigente garcense.
De acordo com os dados da plataforma ComexStat – do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços -, Garça exportou US$ 3.113.936 em janeiro deste ano, US$ 2.229.405 em fevereiro e US$ 2.745.183 em março.
O maior destino dos produtos garcenses foram os Estados Unidos, com US$ 1,77 milhão ou 21,8% do total de exportações. Em seguida ficou o Paraguai com US$ 1,040 milhão (12,9%); Chile com US$ 983 mil (12,2%), México com US$ 675 mil (8,35%), Itália com US$ 640 mil (7,91%), Argentina com US$ 597 mil (7,38%).
“Nesses primeiros três meses de 2023 Garça conseguiu emplacar seus produtos em vários países. Foram mandados produtos para a Rússia, China, Colômbia, Peru, Bolívia, Austrália, Japão, Noruega, Alemanha, Espanha, Grécia, França. É um amplo universo que, aos poucos, vem sendo conquistado. Isso é importante. Temos uma história construída com a cafeicultura, com o café, mas também abrimos nosso leque e nossa economia para outros produtos”, disse ele.
De acordo com ele, os embarques de café apresentaram quedas importantes em valor e na quantidade, mas, mesmo com queda, o café respondeu por 48% dos produtos exportados. Em segundo lugar, com 41% do total exportado nos três primeiros meses do ano, vêm as máquinas e aparelhos mecânicos com função própria, não especificados.
“Ficamos praticamente no meio a meio entre a indústria e a cafeicultura, mas também exportamos outros produtos como veios de transmissão e aparelhos elétricos para telefonias”, falou Mauro.