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“Apostamos no setor privado para fazer as Olimpíadas”, diz Eduardo Paes na Associação Comercial de SP

Notícias 25 de agosto de 2015

Prefeito do Rio falou a empresários sobre o andamento das obras dos Jogos Olímpicos de 2016

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), esteve nesta segunda-feira na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para falar sobre os Jogos Olímpicos de 2016.

Paes citou, de início, que a Copa do Mundo serviu como experiência à Olimpíada, classificando-a, porém, como “mal sucedida”, uma vez que não deixou legados estruturais para as cidades-sede. “Em eventos como esses, o esporte tem um protagonismo enorme, mas é apenas uma das facetas. Acima de tudo, eles (os eventos) são estratégias geopolíticas”, disse.

O prefeito do Rio justificou essa visão ao comentar o clima no país após a escolha oficial da cidade como sede dos Jogos. “Quando o Rio ganhou, o Brasil deixou de ser o país do futuro para encontrar o seu caminho. Se for tratado apenas como evento esportivo, é uma perda de tempo; não vale a pena fazer.”

Por isso, disse Paes, um dos grandes diferenciais da cidade ao competir pela escolha do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi apresentar o Rio como uma cidade que se beneficiaria imensamente com os Jogos e se apoiaria neles como criar uma oportunidade de transformação.

Orçamento

Segundo os dados apresentados durante a palestra, para cada real investido em arenas olímpicas, outros cinco são gastos em obras de legado. Na avaliação do prefeito, esses dados espelham o papel importante da iniciativa privada na organização do evento.

Dos R$ 38,67 bilhões previstos no orçamento total dos Jogos, 57% vêm do setor privado. “Ao contrário da Copa do Mundo, em que se prometeu muitos recursos privados, mas não teve”, afirmou Paes, para logo depois ser mais enfático: “Nunca antes na história dos Jogos Olímpicos se teve um orçamento privado tão grande como das Olimpíadas do Rio”.

Mais do que isso, 64% desse orçamento serão destinados a obras de legado. “Está se gastando R$ 2,4 bilhões com estádios, ao longo de sete, oito anos. Esse é um ativo que precisamos mostrar. Tem o Brasil lento, o Brasil que não funciona, o Brasil do Petrolão, o Brasil da Lava-Jato, mas tem o Brasil que aposta no setor privado”.

A previsão do comitê organizador dos Jogos é de que, em 2017, por causa das obras de infraestrutura e mobilidade urbana que estão sendo executadas no Rio de Janeiro, 63% da população carioca use a rede de transporte de alta capacidade – em contraste com apenas 18% em 2009. “Nós apostamos no dinheiro do setor privado para fazer essas obras. Se fosse o dinheiro do Joaquim Levy, eu estava frito”, destacou o palestrante.

Paes foi além e garantiu que “o que faz com que a Olimpíada do Rio esteja no prazo é justamente o fato de não ter tanto dinheiro do Orçamento Geral da União e do Tesouro Nacional. Se tivesse, nós estaríamos em maus lençóis”, disse, em referência à participação de 10% do governo federal no orçamento olímpico. Outros 32% vêm do governo estadual e 58% do municipal.

Todavia, o prefeito fez questão de avaliar positivamente a “parceria” da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

Saneamento

As recentes polêmicas envolvendo os locais de competições aquáticas do Rio 2016 não passaram em branco durante a palestra de Eduardo Paes na ACSP. O prefeito carioca afirmou que não há motivos de preocupação para as Olimpíadas. “A Lagoa está bem, a Praia de Copacabana está bem”.

Para ele, o que existe é um problema generalizado no país no tocante ao saneamento público. “Isso acontece justamente pela incapacidade de lidar com o setor privado. A questão do saneamento não é nem uma agenda do século 20, mas sim do século 19”, criticou. 

 

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225

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