Por meio de ofício encaminhado ao prefeito, a entidade sugere que seja efetuada fiscalização e desenvolvido um programa de assistência social na região central
Nessa semana, ACE Batatais recebeu relatos de comerciantes sobre o aumento de pessoas pedindo ajuda financeira ou vendendo produtos nas ruas do centro de Batatais. O gerente executivo da entidade, Luiz Carlos Figueiredo, protocolou o Ofício ACE n.º 044/2022 na prefeitura no dia 22 de março, terça-feira, encaminhado ao prefeito Luis Fernando Benedini Gaspar Júnior, pedindo atenção à essa questão, sugerindo a fiscalização do comercio ambulante e a criação de um programa de acompanhamento e assistência ás pessoas necessitadas.
Segundo relatos de lojistas, o número de pessoas nas portas de agências bancárias e comércios, pedindo à clientes que comprem um pano de prato, um doce ou simplesmente para ajudar com dinheiro para a compra de medicamentos, de produtos alimentícios ou pagamento de conta de aluguel aumentou consideravelmente nos últimos meses.
Conforme o documento encaminhado ao prefeito, foi observado que a área central do município de Batatais, nas imediações dos bancos e lojas de maior movimento, está tendo uma concentração de pessoas pedintes ou estado de mendicância, que ficam abordando os demais cidadãos e algumas vezes causam o desconforto pela insistência e maneira como abordam. Segundo os empreendedores da região já houve casos em que os cidadãos, com medo, se viram obrigados a pedir abrigo em lojas para saírem da situação.
O aumento do número de pessoas pedindo esmolas ou algum tipo de ajuda, vendendo panos de prato e doces nas portas bancos e comércios tem chamado a atenção. Há informações de que existe um pedinte que é até mais agressivo, quando pede dinheiro e a pessoa diz que não tem, ele começa a proferir ofensas, causando medo e transtorno em quem está por perto.
“Entendemos que a situação econômica do país está muito complicada e que há muitas pessoas sem trabalho e passando necessidades, mas para isso há o trabalho da Secretaria de Assistência Social, que faz a triagem, cadastra as pessoas que estão em vulnerabilidade social e as auxiliam. Há necessidade de fazer uma verificação sobre os problemas que estas pessoas então enfrentando, o que precisam e onde residem para a Secretaria poder ajudar da melhor forma”, comentou Figueiredo.
Por ofício, considerando que muitos dos casos são de vulnerabilidade social ou de dependência química, situações que merecem atenção especial, a ACE sugeriu que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, a Secretaria Municipal de Saúde, e a Guarda Civil Municipal (GCM), desenvolvam e realizem um programa que possa minimizar estas questões sociais.
“Estes acontecimentos têm preocupado os empreendedores do comércio da região central, e solicitam a intermediação da ACE Batatais junto à administração municipal. Já protocolamos o ofício, estamos aguardando a resposta do prefeito Juninho Gaspar”, finalizou Figueiredo.