ACE se alinha à FACESP e pede reabertura do comércio a partir do dia 1o de maio

A Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE) protocolou nesta quinta-
feira um mandado de segurança na Justiça em prol da reabertura do comércio em face dos

decretos do estado e do município que restringiram as atividades comerciais. De acordo
com o presidente da ACE, engenheiro Robson Martuchi, Ourinhos tem uma condição
diferenciada em relação aos números de casos de pessoas contaminadas pela COVID-19, o
que não justifica a postergação da quarentena horizontal e, segundo ele, muito menos a
decretação de estado de calamidade pública no município.
“Todos os comerciantes estão plenamente conscientes de sua responsabilidade
quanto as medidas preventivas que devem ser adotadas em seus comércios, isso é
consenso, é ponto pacífico, ninguém quer expor as pessoas ao risco da contaminação. Dessa
forma, é possível, sim, promover a flexibilização da quarentena em nossa cidade, tomando
todos os cuidados, estabelecendo alguns diferenciais como um horário de abertura
reduzido, com o isolamento dos grupos de risco, entre outras medidas. O que não dá mais
é submeter empregadores e empregados ao isolamento total em que empresas estão
quebrando e funcionários perdendo seus empregos”, desabafa o presidente Robson
Martuchi.
DIA DAS MÃES - Sobre a sugestão do governador do Estado de São Paulo, João Doria, de
mudar a comemoração do Dia das Mães para o mês de agosto, Martuchi considera um
absurdo. Para ele, seria como mudar a data do aniversário de uma pessoa, ou seja, a data
vai ser celebrada de uma forma ou outra. “Não é uma data que se muda. Além do que, é a
esperança de vários setores do comércio reaverem um pouco do prejuízo já instalado,

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lembrando que o Dia das Mães é considerado o segundo Natal do ano em vendas”,
ponderou.

Robson Martuchi também argumenta que com a atividade normal dos sites e-
commerces e market places, as vendas vão se dar pela via online, agravando ainda mais as

perdas do comércio das lojas físicas. “Ou adotamos medidas responsáveis, porém, flexíveis,
com a reabertura gradual e normatizada do comércio, ou vamos alimentar uma crise
socioeconômica jamais vista em nossa história”, acredita o presidente da ACE, que é
também diretor regional da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
RESPOSTA - Robson Martuchi também contestou uma fala do prefeito Lucas Pocay
publicada recentemente em uma live, em sua página no Facebook, onde afirmou que
diretores da Associação Comercial estariam querendo fazer pressão, instigando a realização
de manifestações na porta da prefeitura e até alimentando fake news. O prefeito também
desafiou a entidade a entrar na Justiça. O presidente Robson Martuchi, além de entrar com
ação contra a Prefeitura via Justiça, rebateu as críticas esclarecendo que todas as ações da
ACE estão sendo promovidas via meios legais, como os vários ofícios enviados à Prefeitura
reivindicando o arrefecimento de taxas e prazos para os empresários locais, sem uma
posição do prefeito até agora sobre os pedidos. “Compreendemos e percebemos que o
nosso prefeito, bastante jovem, esteja com dificuldades para enfrentar uma situação grave
e complexa como esta, mas também ele não pode ficar criando inimigos onde não existe.
Em todos os momentos nos colocamos à disposição para colaborar, mas percebemos que
as decisões estão sendo tomadas de forma unilateral e pouco elaboradas por parte da
Prefeitura”, afirmou Martuchi.
O presidente lembra que o próprio prefeito divulgou nas redes sociais uma enquete
em que 67% dos participantes são favoráveis a reabertura do comércio com medidas de
prevenção ao novo coronavírus. “A ACE é a favor da vida e a favor da sobrevida do comércio,
o setor que mais emprega na cidade. Acreditamos em formas mais inteligentes de promover
a prevenção,