ACI-Garça realiza primeiro "Café com Presidente" visando próximos 10 anos

O objetivo do evento é uma aproximação entre todos os setores para discutir melhorias para o município

A Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG) realizou na manhã do dia 23 de outubro, o primeiro encontro denominado “Café com o Presidente”. O evento teve início às 7h30 e contou com a presença de várias autoridades como representantes do Sebrae, Fiesp, Ciesp, Lojas Maçônicas, Cooperativa Sicoob Paulista, Faef, Fatec Garça, diretoria da Acig, prefeito João Carlos dos Santos (DEM) e alguns secretários municipais.

O encontro, conforme explicou o gerente da Acig, Fábio Dias, teve por objetivo discutir Garça daqui a 10 anos. “Às vezes pode parecer que estamos nos antecipando, que não é assunto para agora, mas não. É um assunto emergencial e se formos analisar, 10 anos, para muitos problemas, é um período que se diz em curto e médio prazos. Muitas coisas não podemos protelar e alguém precisar dar o pontapé. Já fazia parte do plano de ação do presidente João Francisco Galhardo, ainda como candidato, de promover estes encontros e, juntos com alguns setores da cidade, discutirmos o contexto, visando daqui a 10 anos”, falou Dias.

Conforme salientou ele, embora seja de competência do chefe do Executivo “bater o martelo” em muitas ações, é obrigação da sociedade civil vislumbrar meios que possibilitem um crescimento da cidade. Ao prefeito cabe o gerenciamento, mas aos empresários, comerciantes, educadores e população em geral cabem a premissa de fortalecer o município nos mais diferentes segmentos.

Segundo o presidente João Francisco Galhardo, é preciso mudar a visão e pensar que muitos assuntos urgem em busca de soluções, e daqui a 10 anos pode ser tarde demais.

“Esse é o nosso primeiro encontro, mas o objetivo é realizarmos encontros periódicos. Os assuntos não se esgotam num primeiro encontro. Hoje levantamos vários pontos e acredito que no próximo encontro, já familiarizados e com uma ideia do retorno que teremos, além de apontamentos visando a soluções, certamente outros pontos serão levantados. Hoje falamos sobre a questão da água, do hospital, entre outros assuntos. Certamente teremos uma posição mais definida comrelação a estes assuntos no próximo encontro. Isso é importante. A Associação Comercial não tem o seu foco voltado exclusivamente para o comércio. Temos que pensar em Garça como um todo. Não podemos, na atual conjuntura e como sociedade civil que somos, pensar na cidade de forma fragmentada e tentar atuar somente no nosso campo. Estaríamos fadados ao fracasso”, disse Galhardo.

Educação e esporte: uma luz no fim do túnel
Dizer que a educação é a base de tudo e de qualquer coisa, bem como que o esporte pode apontar caminhos para o fortalecimento da cidadania, pode parecer redundância, mas é justamente no esporte e na educação que a Acig vê o caminho para que muitas metas sejam alcançadas.

“Nós sabemos da importância do esporte e da educação e hoje questionamos o prefeito sobre o Estádio Frederico Platzeck, que hoje parece o que antes denominavam de ‘elefante branco’. Precisamos que aquele espaço seja efetivamente utilizado”, disse Dias.

Mostrando de fato preocupação com o contexto daqui a 10 anos, Dias informou que durante o encontro foram levantadas questões como a falta de água (possibilidade de faltar), tratamento do lixo, fortalecimento do hospital, trânsito. “Todas essas questões foram levantadas. Sabemos que são assuntos que demandam muita discussão, mas demos o primeiro passo. Conforme disse o diretor do SAAE, Ulysses Bottino, se a situação não mudar, daqui a 10 anos, não teremos água. Segundo ele, hoje Garça tem 18 mil ligações de água e 50% disso pagam apenas o mínimo. Com relação ao hospital, o prefeito João Carlos disse que hoje ainda não podemos dizer que temos um hospital, mas com o trabalho intenso que a Administra&ccedi l;ão se propôs a fazer pelos próximos seis meses, o objetivo é que daqui a 10 anos Garça tenha um hospital de referência. Isso é muito importante, pois precisamos, juntos, ver no que podemos ajudar e mudar”, frisou Dias.

Outro ponto levantado pelo gerente diz respeito à visibilidade de Garça. Um fato que para muitos passa despercebido, mas que faz diferença. “Quando você vem de São Paulo para Garça, nas sinalizações o que você vê é Bauru e Marília. Você não vem para Garça. É a velha história de Garça ser entre Bauru e Marília, mas nós somos fortes, temos nossa economia, temos nossa identidade e precisamos nos fazer enxergar”, falou o gerente.
Com relação ao trânsito, a exemplo do que acontece em muitas sessões camarárias, foi levantada a questão do trafego de caminhões que cortam as ruas do centro comercial.

“Somente neste ano tivemos o licenciamento de 28 mil veículos. É um dado a que temos que dar toda a atenção. O secretário Ruy Zanon disse que já está sendo feito um estudo nesse sentido. Não podemos fechar os olhos”, falou o presidente Galhardo, completando que esse estreitamento de laços com todos os comerciantes e associados é necessário para a discussão de assuntos de interesse não só dos empresários, mas de toda a população.