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ACIG: Economia segue "andando de lado”

Notícias 11 de setembro de 2018

A conjuntura econômica doméstica atualmente padece de dois fortes componentes de incerteza que estão impactando diretamente na baixa performance da atividade.
O primeiro vem de fora, o ambiente externo continua menos favorável as economias dos países emergentes: o crescimento tem dado mostras de moderação nas principais economias mundiais; os preços das commodities vêm apresentando certo recuo; e o risco médio dos emergentes está bem acima daquele observado no começo do ano.

O segundo é doméstico: o Brasil, diferente de Argentina e Turquia que sofrem pelos frágeis fundamentos macroeconômicos sobretudo em relação às contas externas e ao controle da inflação, não padece destes problemas nestas dimensões, mas apresenta elevada vulnerabilidade fiscal. Como este último é gerido principalmente pelo governo, e como não existe, ao menos neste momento, uma definição do quadro político, equipe econômica e compromisso claro com a agenda de reformas para 2019, daí a volatilidade e baixo dinamismo.

O refluxo de incertezas, sobretudo políticas, deverá seguir lento, de modo que no curto prazo o dólar tende a seguir pressionado e volátil, mas ainda, por ora, sem contaminar as expectativas inflacionárias, que continuam na casa dos 4% para o final do ano (IPCA). Este último positivamente e perversamente impactado pela alta ociosidade da economia, pelo mercado de trabalho ainda com um contingente da ordem de 13 milhões pessoas que não conseguem emprego e, por consequência baixo consumo.

Do ponto de vista regional e com base nos dados observados com defasagem, a economia do Sudeste do pais encerrou 2017 estagnada, com ligeira contração de 0,1% segundo o IBC-R do Banco Central. A melhora da indústria foi compensada pela contração dos serviços e do varejo. O mercado de trabalho na região Sudeste permanece enfraquecido, mas tem mostrado alguma recuperação na esteira da melhora marginal do mercado de trabalho nacional. As operações de crédito no Sudeste seguiram deprimidas ao longo de 2017, ainda que tenham exibido quedas cada vez menos expressivas.

Os principais indicadores de atividade da região Sudeste apontam para uma recuperação lenta, mas positiva da atividade econômica. Para 2018 a performance do PIB da região Sudeste deverá ser um pouco inferior à média nacional, que hoje o mercado projeta algo da ordem de 1,5-2%. O quadro para a indústria da região, muito diversificada, é menos adverso, tendo em vista a progressiva melhora nos últimos trimestres de alguns complexos industriais (Metal-mecânico e Automobilístico, em especial). O varejo da região deverá seguir em terreno positivo e segundo o IBGE, a produção agrícola total estimada para a safra de 2018 apresentará queda de 4% em relação a 2017.

Mais informações:
acig@garcaonline.com.br

 

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