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Acig se mostra preocupada com feriados em dias úteis: perda pode chegar a R$ 20 bilhões este ano

Notícias 21 de janeiro de 2020

Sempre antenada com os problemas referentes ao desenvolvimento do comércio e da indústria na cidade, a Associação Comercial e Industrial de Garça – Acig -, através do presidente João Francisco Galhardo, já havia manifestado uma preocupação com os feriados e pontos facultativos que serão decretados no decorrer de 2020. Galhardo já havia salientado sobre o prejuízo financeiro que as ‘folgas’ acarretam não apenas para o comerciante, empresário, como para o próprio município. Na última sexta-feira, uma estimativa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) veio corroborar com a preocupação da associação garcense. Segundo divulgado pela CNC, à exceção das atividades econômicas ligadas ao turismo, o comércio nacional deve ter neste ano prejuízo de cerca de R$ 19,6 bilhões com os feriados que caem em dias úteis, 12% a mais que as perdas registradas em 2019, que ficaram em torno de R$ 17,4 bilhões. A entidade diz que os feriados em dias úteis reduzem o nível de atividade do comércio que, por outro lado, pode enfrentar aumento dos custos de operação.

“Nós já havíamos manifestado essa preocupação. Esses feriados significam dias sem venda para o comércio, o que acarreta em não circulação de capital. Agora com a Lei do Livre Comércio existe a possibilidade de abrir, sem tantos entraves, desde que sejam pagos os direitos trabalhistas. Nesse ponto registramos um outro problema”, falou ele.

Indo ao encontro do que disse a divulgação, Galhardo lembrou que por causa das horas extras que têm de ser pagas aos empregados, a folha de pagamento é a principal fonte dos prejuízos impostos ao comércio pelos feriados. 

"O peso relativamente elevado da folha de pagamentos na atividade comercial acaba comprimindo as margens de operação do setor” por causa do fechamento das lojas, ou da diminuição do fluxo de consumidores, disse o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes. Ele acrescentou que isso acaba ocorrendo mesmo que as vendas sejam parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores aos feriados. 

“Nós tivemos uma reunião no último dia 13 de janeiro com os associados, cuja pauta foi discutir os feriados que acontecem no decorrer do ano e como será o funcionamento do comércio. Todos têm essa preocupação e, mais uma vez, o comerciante se vê em meio a uma situação que não tem muito o que fazer. Se ele fecha as portas, não tem venda alguma. Se abre, corre o risco das vendas serem menores que os encargos. Foi uma reunião importante e o calendário já foi para gráfica. Mais uma vez eu digo que com a Lei do Livre Comércio não temos muita preocupação em afirmar que tais e tais dias as portas do comércio ficarão fechadas. A reunião foi para ter um consenso”, falou o presidente.

O único feriado que não impactará o setor do comércio é o da Proclamação da República, em 15 de novembro, que cairá em um domingo.

Segundo a CNC, cada feriado diminui a rentabilidade média do setor do comércio, incluindo varejo e atacado, em 8,4%. Para os segmentos de hiper e supermercados, lojas de utilidades domésticas e de vestuário e calçados, que respondem, juntos, por 56% do emprego no varejo nacional, as taxas de perdas mensais atingem11,5%, 11,6% e 16,7%, respectivamente.

Os estados que tendem a concentrar 57% das perdas estimadas são São Paulo (menos R$ 5,62 bilhões), Minas Gerais (-R$ 2,09 bilhões), Rio de Janeiro (-R$ 2,06 bilhões) e Paraná (-R$ 1,42 bilhão).

 

 

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