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ACIU alerta: Começa época de notas falsas no comércio

Notícias 14 de novembro de 2013

Examine bem a nota de R$ 50,00 que você receber. Ela é a preferida dos falsários. Nos últimos 13 anos, a Polícia Federal (PF) apreendeu nada menos que 7,5 toneladas de dinheiro falso no Brasil

 

Com a aproximação do Natal e da temporada de verão, o comerciante deve ficar atento à possibilidade de receber dinheiro falso. De acordo com nota divulgada pelo Banco Central, pela ordem, as notas mais falsificadas são as de R$ 50,00 (56,2%), R$ 10,00 (27,9%), R$ 20,00 (8,3%), R$ 5,00 (6,9%) e a de R$ 100,00, com apenas 0,7%.

É nessa época também que há um aumento na procura de máquinas e canetas de verificação de dinheiro. No caso das máquinas, sob uma luz negra aparecem, nas notas verdadeiras, filamentos prateados espalhados pelo papel. Já nas canetas, ao riscar uma nota, o traço deve desaparecer. Se o risco ficar escuro a nota é falsa.

Nos últimos 13 anos, a Polícia Federal (PF) apreendeu nada menos que 7,5 toneladas de dinheiro falso no Brasil. Conseguiu desarticular algumas das "criativas" quadrilhas em atuação, mas outras ainda fazem da falsificação um negócio lucrativo. De cada um milhão de notas de real que estão em circulação na economia, 92 não são autênticas. É quase o dobro do número registrado para o dólar e o euro. As duas principais divisas mundiais têm um índice de 50 cédulas falsas por milhão. A meta do Banco Central (BC) é chegar nesse patamar nos próximos dois anos a partir dos itens de segurança das cédulas da segunda família do real.

Enquanto as notas com os modernos dispositivos contra falsificação não substituem completamente as antigas, as autoridades têm de lidar com uma máfia articulada de criminosos que montaram um esquema nacional de distribuição de cédulas falsas. PF e BC conseguiram mapear, por exemplo, rotas de distribuição de notas frias pelos Correios para várias regiões do país. Nesse mercado paralelo, cada cédula de R$ 50 custa R$ 20.

O presidente da Associação Comercial de Ubatuba, Márcio Gonçalves Maciel, faz um alerta para os comércios que não possuem esses equipamentos de verificação. "A atenção dos comerciantes e funcionários deve ser redobrada, principalmente se as notas não forem de clientes conhecidos".

O presidente acrescentou que hoje em dia está cada vez mais difícil reconhecer quando uma nota é falsa. "Há notas em que a adulteração é perceptível, mas há outras exigem muita atenção, principalmente nos dias de maior movimento, quando o troco tem de ser feito rapidamente", diz Maciel.

Segundo o BC a falsificação de moedas está em queda. A maior onda de falsificações aconteceu em 2003, quando foram apreendidas 342.038 unidades. No ano passado, foram apenas 739. O baixo "valor agregado" da falsificação justifica a queda.

A expectativa do BC é que com as novas notas, que têm os itens de segurança considerados os mais modernos do mundo, a situação do Brasil deve melhorar no quadro mundial. O índice de falsificação do país já chegou a 206 notas por milhão. Era muito maior que o da libra esterlina, que tem 150 por milhão. O Japão, ao contrário, tem um índice de duas notas de iene por milhão.

O novo real tem notas com tamanhos diferentes. Com isso, fica impossível um falsário fazer uma lavagem química para usar o mesmo papel moeda para imprimir uma cédula de maior valor. Além disso, há a marca d’água, o alto-relevo na lateral e ainda um quebra-cabeça com o número.

Todas essas mudanças levaram dez anos para sair do papel. A decisão de trocar o dinheiro no Brasil surgiu em 2003, quando a falsificação estava num dos maiores patamares: 197 cédulas por milhão. Era urgente aumentar a segurança e um grupo de dez pessoas começou a fazer os estudos. Os técnicos resolveram manter os desenhos das notas antigas para não descaracterizar a moeda: coisa que acontecia rotineiramente em tempos de inflação descontrolada.

O Banco Central lembra que as notas falsas não são trocadas. O BC apenas examina se elas são verdadeiras ou não. A falsificação de moeda é crime previsto pelo Código Penal, com pena de 3 a 12 anos de detenção.

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