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ACMC e a Revolução de 32

Notícias 08 de julho de 2015

Associação Comercial lembra participação mogiana no movimento que dá origem ao feriado desta quinta

A participação da Cidade na Revolução Constitucionalista de 1932 é lembrada pela direção da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) que, na época, serviu de base de apoio para os paulistas que lutaram na guerra. Considerado o maior movimento cívico do Estado, ele se estendeu entre julho e outubro de 32 e a data do seu início dá origem ao feriado desta quinta-feira (9 de julho).

Mogi das Cruzes, no caso, teve voluntários lutando na Revolução Constitucionalista e a população local também se sensibilizou e contribuiu com doações em dinheiro, alimentos e remédios.

“Os mais velhos têm uma boa recordação desse período, mas entre os jovens, muitos desconhecem que Mogi participou ativamente de um dos episódios mais marcantes da história brasileira. A Associação Comercial de Mogi das Cruzes, como entidade, também esteve ao lado dos paulistas no movimento e é importante relembrar isso todos os anos”, ressalta a presidente da ACMC, Tânia Fukusen Varjão.

Segundo relatos históricos, além de enviar voluntários para o combate armado e de servir de refúgio para moradores dos locais onde as batalhas eram travadas, Mogi das Cruzes – através da Associação Comercial - se mobilizou para participar do movimento também de outras formas. A entidade, que é de 1920 e é uma das mais antigas do Estado, organizou a assistência a famílias dos combatentes, fornecendo alimentos e remédios que eram doados pelos mogianos. A assistência teve o respaldo dos médicos Milton Cruz e Deodato Wertheimer.

A ACMC foi, também, posto de coleta da campanha “Ouro para o Bem de São Paulo”, que arrecadou fundos para financiar a luta dos paulistas. A comissão municipal era liderada pelo presidente da entidade, que na época era Joaquim de Sá, um dos pioneiros na Cidade no setor de combustível.

“A ACMC foi responsável principalmente pela distribuição de grãos aos familiares dos combatentes e essa participação, até os dias atuais, é uma das mais significativas que a entidade já fez em prol da sociedade”, destaca a presidente Tânia, ao lembrar que a ACMC vai completar 95 anos em outubro próximo.

A Revolução Constitucionalista de 1932 tinha como objetivo a derrubada do governo de Getúlio Vargas e a criação de uma nova constituição para o Brasil. Depois de três meses de luta armada (87 dias ao todo), os paulistas deixaram derrotados o campo de batalha e entre os 934 que caíram em combate, Mogi das Cruzes amargou o fardo da perda de quatro mogianos - Voluntário Fernando Pinheiro Franco e Cabo Diogo Oliver, que emprestam seus nomes para duas das principais avenidas da Cidade, José Antônio Benedito e Jair Fontes de Godoy.

São Paulo, depois da Revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.

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