Associação Comercial apoia movimento dos hospitais

Legenda:João Gonçalves, coordenador dos planos de saúde da Acim, apoia movimento dos hospitais filantrópicos.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Libânio Victor Nunes de Oliveira e o coordenador do Programa Acim-Med, João Gonçalves, consideram importante este movimento dos hospitais filantrópicos de Marília em favor de melhorias no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (Sus), que tem se tornado vital para a população, mas insustentável pelas instituições de saúde. “O repasse por parte dos governos é muito baixo e não mantém o atendimento com qualidade e de acordo com a necessidade da população”, disse o presidente da associação comercial local que compreende a situação delicada em que os hospitais marilienses atravessam. “A saúde pública é um dever do Estado, que não vem fazendo a parte que lhe cabe, pagando valores fora da realidade”, acrescentou João Gonçalves.

De acordo com o presidente da Acim este movimento por parte dos hospitais filantrópicos deveria ser fortalecido com mais representantes de classe e principalmente pela população em geral que é mais atingida diretamente. “A população precisa ter conhecimento da dificuldade que é manter o Sus por parte dos hospitais devida ao valor insustentável pago pelo Governo”, comentou João Gonçalves que há 20 anos é o responsável pelos planos de saúde oferecidos pela Acim em conjunto com a Unimed de Marília. “A Agência Nacional de Saúde (ANS) impõe muitas regras, faz muitas exigências e não oferece condições de atendimento adequado por parte do Governo”, reclamou o dirigente que coordena a prestação de serviço oferecido pela Acim na área da saúde.

O conselheiro da diretoria da Acim, Milton Tédde, atual provedor da Santa Casa de Marília, constantemente comenta nas reuniões de diretoria a dificuldade que o hospital atravessa em virtude dos atrasos e valores baixos oferecidos pelo Sus. “É de conhecimento geral de que esse sistema precisa ser revisto em sua totalidade e não apenas em casos específicos”, comentou Libânio Victor Nunes de Oliveira ao ter conhecimento de que em 2014 os R$ 24 bilhões destinados ao Sus, aconteceram o repasse de apenas de R$ 14 bilhões. “Essa diferença os hospitais arcaram com o déficit”, acrescentou João Gonçalves que é favorável a ações mais contundentes neste sentido. “O que se gastou na Copa do Mundo, o que está se gastando com as Olimpíadas e sem contar com os “mensalões”, e “petrolões”, a saúde fica sem a devida atenção”, reclamou Libânio Victor Nunes de Oliveira que é favorável a unificação de esforços para chamar a atenção da população que precisaria reagir de forma direta junto aos políticos que os representa.

Diante da situação delicada em que se encontram os hospitais de Marília, o presidente da Acim sugere que cada entidade representativa se solidarize com o movimento, buscando pressionar as autoridades mais próximas do Governo para que tomem a devida providencia de rever as condições atuais oferecidas pelo Sus. “Vamos encaminhar a nossa federação, bem como a confederação, documento para que Deputados sejam mobilizados no sentido de pressionar o Governo politicamente”, comentou Libânio Victor Nunes de Oliveira. “Não é pedir verba para saúde e sim, mexer com as estruturas do Sus”, explicou o dirigente que é o atual vice presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e que tem condições de iniciar este procedimentos. “Nossa federação tem deputados estaduais e federais com livre acesso e vamos utilizar nossa rede para pressionar o Governo”, comentou ao sugerir que outros segmentos da sociedade façam o mesmo. “Se cada instituição fizer um pouco, no final a força será bem maior”, acredita.

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