Associação Comercial de SP: níveis recordes de pessimismo do consumidor explicam baixas do varejo

São Paulo, 11 de maio de 2016. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, os números do comércio varejista divulgados hoje pelo IBGE são reflexo direto dos fatores macroeconômicos e, em especial, da baixa confiança do consumidor.

“Os números são bem alarmantes. Mas, se considerarmos que a confiança do brasileiro tem caído a níveis recordes nos últimos meses, eles não chegam a ser espantosos. Aliás, esse desempenho negativo do varejo deve ser registrado também no segundo trimestre, uma vez que a situação econômica e política do País piorou desde março”, diz Burti.

Sobre o setor de móveis e eletrodomésticos - que teve a maior retração no período - Burti explica que esse resultado ocorre por conta das restrições impostas ao crédito à pessoa física, da queda da massa salarial e do aumento do desemprego, que, juntamente com outros fatores, puxam para baixo as intenções de compra.

“Somente o setor de farmácias tem apresentado números positivos, mas mesmo assim em níveis bem pequenos. Isso dá o tom de como tem sido complicada a situação do comércio”, afirma o presidente da ACSP.

“Na eventualidade de um novo governo que traga mudanças na orientação econômica, ele precisará, desde o início, receber um voto de confiança não apenas da classe empresária, mas de toda a sociedade”, acrescenta.

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Renato Santana de Jesus
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