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“Aumento da Selic vai agravar a recessão e afetar duplamente as contas públicas”, diz presidente da ACSP

Notícias 18 de janeiro de 2016

Liderada por Alencar Burti, Associação Comercial de SP defende manutenção da taxa 

São Paulo, 18 de janeiro de 2016. Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), vê com preocupação a possibilidade de aumento de juros após a próxima reunião do Copom, que tem início nesta terça-feira (19/1).

“As indicações de que o Banco Central poderá iniciar um novo ciclo de elevação da Selic são motivo de grande preocupação, pois tal medida iria agravar a recessão e afetar duplamente as contas públicas, pela queda da arrecadação fiscal e pelo aumento dos encargos da dívida pública, sem ganho significativo - se é que haverá algum - sobre o combate à inflação. É um equívoco neste momento”, diz Burti.

“O desemprego ainda vai se agravar como consequência de todos os fatores negativos da economia, o que dispensaria um novo aumento da taxa de juros”, defende o presidente da ACSP.

Para ele, no cenário atual já há uma tendência de queda da inflação. “Parece evidente que a alta dos juros causaria mais danos do que benefícios neste momento. Além disso, existem claras indicações de que a inflação deverá desacelerar nos próximos meses, à medida em que se dilui o impacto da correção das tarifas e do câmbio, embora ainda esteja acima do desejável”, explica.  

Varejo

Alencar Burti também comenta as consequências da medida para o comércio. “Se para o varejo já está difícil, com a expectativa do aumento de juros, a dificuldade se torna ainda maior. E ainda com o temor de aumento de imposto, realmente é uma situação preocupante".

Manutenção

A ACSP defende a manutenção da Selic. “O desemprego e a recessão já provocaram queda forte na confiança e no consumo das famílias, o que deverá produzir efeitos de combate e controle à inflação. Ainda serão sentidos os efeitos das altas praticadas – elas foram suficientes para reverter a escalada inflacionária e para produzir resultados em 2016 e em 2017. O fim dos grandes reajustes de tarifas públicas e do câmbio também corroboram nesta direção”, avalia Burti.     

BC e política monetária

Por fim, para o presidente da ACSP, o BC precisa reavaliar seu posicionamento. “Se é verdade que o Banco Central quer cumprir as metas de inflação, não é menos verdade que ele não pode ignorar os efeitos de sua atuação sobre a economia real e a sociedade, devendo pesar os custos e os benefícios de suas ações”.

Burti pondera, ainda, que a política monetária deve ser complemento do controle dos gastos públicos, e não substituta, “mesmo com a passividade do Executivo com relação às contas públicas”.

 

 

Mais informações:

Ana Cecília Panizza

Assessoria de Imprensa ACSP/Facesp

apanizza@acsp.com.br

(11) 3180-3938 / (11) 97497-0287 

 

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