Campinas tem explorado cada vez mais sua vocação para o Carnaval de blocos e a animação se espalha por vários pontos da cidade. Pelos cálculos do departamento de Economia da Associação Comercial de Campinas, o consumo em bailes, o gasto com materiais e fantasias e o consumo de bebidas e alimentação de forma geral vão movimentar R$ 7,8 milhões. Em 2016, esse volume ficou em R$ 8,9 milhões. Uma queda de 12%. (ver tabela anexa)
Consumidores
Uma tendência de comportamento dos consumidores, que tem relação direta com o Carnaval, é a do "Faça Você Mesmo". "Por hobby ou por economia, parte dos consumidores desenvolve e cria suas fantasias. Eles se inspiram em vários temas e buscam informação online para criar. É uma tendência principalmente entre os mais jovens, pois fortalece áreas artísticas e de entretenimento", avalia a vice-presidente da ACIC. Adriana Flosi.
Mesmo assim, muitos precisarão recorrer ao comércio. Por isso, os comerciantes e prestadores de serviço devem explorar a data com uma comunicação visual, de vitrine e digital usando o tema do Carnaval. Promoções e facilitar as formas de pagamento são estratégias que ajudam a tornar a data mais atraente.
Impostos
Um levantamento encomendado pelas Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revela que a caipirinha é um dos produtos típicos no Carnaval mais tributados: em média, 76,66% do preço de uma dose do drinque é composto por impostos, taxas e contribuições, sendo 1,65% referente ao PIS, 7,60% à COFINS, 25% ao ICMS, 35% ao IPI e 7,41% a outros tributos.
A pesquisa analisou detalhes da tributação de vários outros artigos tipicamente associados à maior festa nacional. Uma máscara de lantejoulas, por exemplo, é tributada em 42,71% (sendo que 1,65% é destinado ao PIS, 7,60% à COFINS, 18% ao ICMS, 12% ao IPI e 3,42% a outros).
Já o confete e a serpentina, embora pequenos no tamanho, são grandes na mordida do Leão: 43,83% de seus preços são cobrados para pagar tributos (1,65% vai para o PIS, 7,60% vão para a COFINS, 25% vão para o ICMS, 5% vão para o IPI e 4,58% vão para outras destinações).
Para os foliões mais animados, o preservativo é o produto sobre o qual menos incide tributos: 18,75%, sendo que 1,65% refere-se ao PIS, 7,60% à COFINS, curiosamente nada de ICMS e nada de IPI. Os 9,50% restantes são destinados a outras taxações.
Por fim, o contribuinte que for viajar no Carnaval ainda vai ter que pagar, além de todos esses tributos já citados, mais 5% de ISS, presente nas passagens aéreas, pacotes de viagens e diárias de hotéis.
Carnaval 2017
Considerando o Carnaval deste ano de 2016, que vai corresponder ao período de 25 a 28 de Fevereiro, a perspectiva de movimentação financeira em Campinas será muito pouco expressiva, tendo em vista a Prefeitura ter declinado de sua participação no evento, frente a difícil situação macroeconômica por que passa a nossa Economia.
Tomando-se por base os últimos dados do Carnaval do ano passado (2016), temos:
Movimentação |
2017 (R$ milhões) |
2016 (R$ milhões) |
% |
- Consumo em bailes de Carnaval |
4,4 |
5,2 |
(-15,4) |
- Desfiles populares |
---x--- |
---x--- |
---x--- |
- Material e fantasia |
1,0 |
1,3 |
(-23,1) |
- Consumo de bebidas e alimentação |
2,4 |
2,4 |
---x--- |
- Total |
7,8 |
8,9 |
(-12,4) |
Finalmente, constata-se que a movimentação do Carnaval em Campinas, não é muito significativa, e quando se avalia a sua participação dentro do comércio varejista da cidade, não vai além de 0,65% das vendas totais do mês.
Em 2016 essa relação foi de 0,92%, e agora em 2017, a previsão é de (-29,4%), ficando em 0,65% das vendas totais do mês.
Laerte Martins
Economista / Diretor – ACIC
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