“casos de covid colocam economia em estado de alerta”

Mesmo não estando em um cenário de medidas restritivas mais severas, com portas fechadas, trabalhadores parados e alto número de desempregados, a Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG) lembra que os novos casos de covid, o crescente número de positivos, colocam a economia em estado de alerta. De acordo com o presidente da Acig, Mauro José de Sá, muitos segmentos já sentem os resquícios negativos dessa nova onda.

“Mesmo não estando com portas fechadas, o cenário é preocupante. Temos visto que muitas empresas, muitos estabelecimentos comerciais estão trabalhando aquém de suas capacidades, pelo único motivo de falta de mão de obra. Não porque não tem funcionários, mas porque muitos estão afastados temporariamente. Uns com caso de covid confirmado, outros suspeitos e outros por residirem com pessoas positivadas”, disse Mauro.

Conforme colocado por ele, os prejuízos com um funcionário parado afetam, não somente a empresa, mas todo o ciclo comercial.

Na empresa, disse Mauro, o funcionário parado, logicamente deixa de produzir e, para que a produção não caia o empresário tem que pagar hora extra para os que ficaram, ou fazer contratações esporádicas.

“Ele tem que pagar horas extras para dar conta da produção, do atendimento se for no comércio. Tem que reduzir horário de almoço, estender horário de atendimento. Tudo para suprir a falta do funcionário. O pior é que em muitos locais, mais de um funcionário foi afastado ao mesmo tempo. Temos como exemplo a questão da coleta de lixo e os trabalhadores da área da Saúde aqui em Garça. Com o número de funcionários afastados, a coleta de lixo acontece de forma mais morosa e na Saúde, os drives foram suspensos por falta de profissionais. Algumas unidades de saúde ficaram sem profissionais para o atendimento. Tudo isso reverte na economia”, falou ele.

Segundo o dirigente, com as pessoas reclusas, diminui a circulação de consumidor, e embora o serviço de delivery amenize um pouco, ainda fica uma lacuna.