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Casos de sucesso marcam debate sobre varejo online na Associação Comercial de São Paulo

Notícias 15 de setembro de 2015

Executivos da Buscapé, Hope, e-Bit, Meu Amigo Pet e Imigrantes Bebidas revelaram como alavancaram suas vendas, seja no ambiente físico, seja no virtual; palestrantes também falaram sobre oportunidades na crise     

São Paulo, 15 de setembro de 2015. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) recebeu, nesta terça-feira (15/9), grandes especialistas em varejo online para debater a crescente integração entre lojas físicas e virtuais.

O encontro foi organizado pelo Conselho de Varejo da entidade e pelo Diário do Comércio. “Quem trabalha com lojas físicas precisa do e-commerce e vice-versa. A venda é uma coisa só. O que vale é a conveniência do consumidor de olhar, comprar e receber onde quiser”, avaliou Nelson Kheirallah, coordenador do Conselho.

Esse pensamento foi compartilhado por Romero Rodrigues, fundador e CEO da Buscapé Company. Na avaliação dele, “o mundo vai se adaptar à realidade do consumidor” e, portanto, será este quem decidirá os rumos do varejo.

Durante a palestra que fez ao público de empreendedores, Rodrigues deu atenção especial às vendas via dispositivo móvel, citando que crescem mais rapidamente do que em outras plataformas. Para o fundador da Buscapé, o empreendedor precisa focar sua visão nos que ele chama de três pilares do varejo digital: preço, seleção e conveniência.  

Em outras palavras, isso significa, segundo eles, que as lojas precisam oferecer o melhor preço, a melhor seleção de produtos ou as melhores facilidades de compra, como, por exemplo, frete grátis. "A Amazon, maior varejista online do mundo, foca nos três ao mesmo tempo", disse Rodrigues, reconhecendo que e-commerce menores às vezes precisam escolher um ou outro pilar como prioridade.

Oportunidades da crise

Pedro Guasti, vice-presidente de relações institucionais da e-Bit, informou que o ticket médio no e-commerce tem subido nos últimos anos, a taxas acima da inflação. De acordo com ele, o consumidor costuma dar preferência a lojas online ao comprar itens de maior valor. “Dependendo da categoria, o produto é 10 a 15% mais barato do que na loja física”, comentou.

Ainda segundo Guasti, os tempos de crise que o varejo vive atualmente abrem ao empresário a porta para muitas oportunidades. O especialista explicou que esse é o momento ideal para rever processos, reforçar a diminuição de custos, renegociar contratos com fornecedores, fortalecer a imagem da empresa, buscar novos nichos e, sobretudo, amar cada vez mais o cliente.

Loja física ou virtual?

Pedro Américo, assessor de marketing e e-commerce da Imigrantes Bebidas, e Daniel Nepomuceno, CEO do Meu Amigo Pet, falaram sobre o processo de migração entre os ambientes físico e virtual.

No caso da Imigrantes Bebidas, que nasceu como uma loja física na zona sul de São Paulo, a entrada no comércio online foi gradativa, para que a empresa pudesse aprender, aos poucos, os novos desafios que se apresentavam.

“Começamos realizando nós mesmos as entregas e apenas na cidade de São Paulo”, disse Américo. Uma das vantagens, segundo ele, foi que a Imigrantes já possuía um elevado conhecimento do mercado e do consumidor de bebidas. Contudo, precisou aprender a desenvolver técnicas mais apuradas de logística e lidar com o novo perfil do consumidor virtual.

Situação semelhante ocorreu com a Meu Amigo Pet, que nasceu como um e-commerce e hoje se expandiu para o mundo físico com lojas próprias e franqueadas. Em ambos os casos, o movimento de migração aconteceu pela vontade de expandir o negócio e ficar à frente dos concorrentes.

“O virtual responde hoje por 50% do nosso faturamento. Desenvolvemos constantemente ferramentas de atendimento e fidelização do nosso cliente”, revelou Nepomuceno, que destacou o papel da atualização. “Um dos nossos produtos mais vendidos foi descoberto durante uma feira internacional que visitamos. Somos a única brasileira que o vende, mas não por termos contrato exclusivo com o fornecedor – e sim porque não vamos às feiras e eventos para tomar cafezinho, vamos para ampliar portfólio”, comentou.

Reposicionamento da marca

Sylvio Korytowski, diretor de expansão da marca de lingerie Hope, contou em sua apresentação como foi feita a mudança da imagem da empresa, que passou de uma simples fabricante de roupa íntima para integrar o mercado de luxo. “O custo unitário de nosso produto passou de R$ 2,90 para R$ 21,50”, revelou ele.

Para isso, a Hope realizou campanhas com várias celebridades, como a top model Gisele Bündchen. “Foi ela que carimbou nosso passaporte para o segmento premium”, disse Korytowski.

Com o novo reposicionamento, a Hope investiu mais em atendimento e aplicou esforços em sua loja online, inaugurada em 2006. “A empresa precisa estar onde o consumidor está. Se não ocupar esse espaço, outra empresa vai”, alerta o diretor da Hope, cujo faturamento online representa ainda apenas 5% do total.

 

 

Mais informações:

Renato Santana de Jesus

Assessoria de Imprensa ACSP
rjesus@acsp.com.br

(11) 3180-3225 / 97497-0287

 

 

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