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Cautela dá o tom dessa Páscoa no comércio

Notícias 07 de março de 2016

Maioria dos estabelecimentos comprou a mesma quantidade do ano passado e espera vender tudo, mesmo com preços mais altos

 

A crise também reflete no comércio de chocolates para essa Páscoa. O produto está mais caro do que no ano passado e, com a alta no desemprego e redução do poder de consumo, os comerciantes estão cautelosos com os negócios e, principalmente, com os estoques. Muitos estabelecimentos compraram a mesma quantidade de produtos de 2015 mas, mesmo sem crescimento, esperam vender tudo. A direção da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) ressalta que a data é uma grande aposta do comércio de alimentos e a expectativa é de um resultado satisfatório. Para garantir isso, os comerciantes adotam estratégias diversas, como a opção do pagamento parcelado dos ovos e também a diversidade de produtos em tamanhos menores e preços mais acessíveis. Os chocolates caseiros sã outra aposta.

No supermercado Shibata, a compra de chocolates para essa Páscoa ficou no mesmo patamar da realizada no ano passado. Nada a mais. E se conseguir alcançar o mesmo volume de vendas, a empresa considera que o resultado será satisfatório diante do fato de que os produtos estão cerca de 10% mais caros neste ano.

“Colocamos à venda o mesmo volume do ano passado e indo com cautela porque, com essa crise, as pessoas têm mudado os hábitos de consumo. O que percebemos é que a prioridade é mesmo só os ovos de Páscoa para as crianças”, comenta o gerente José Maria Almeida.

O mesmo entendimento tem o supermercadista Francisco Luiz Pizzi. Ele investiu nos ovos infantis, que têm maior apelo, e espera pelo aumento de movimento principalmente na semana que antecede a Páscoa. “Comprei a mesma quantidade do ano passado e se conseguir ficar no mesmo patamar de vendas já está bom demais. Estamos apostando no pedido das crianças”, diz o empresário.

Outros estabelecimentos estão mais otimistas e apostam em crescimento nas vendas. No supermercado Esperança, que comercializa tantos os itens para a produção caseira como produtos industrializados, a previsão é de um aumento de 15% nas vendas de ambos os segmentos.

“Baseamos os nossos pedidos em 15% a mais do que foi comprado no ano passado, apostando que as vendas vão corresponder a isso. Em média, os preços estão de 7% a 10% maiores, mas a maioria das pessoas não deixa de comprar o chocolate e estamos otimistas com isso”, ressalta o gerente André Barela.

Diretor da Associação Comercial, Luís Cláudio França diz que a Páscoa sempre representa um impulso nas vendas nesta época do ano. Porém, o alto índice de desemprego e o aumento no preço dos produtos podem deixar os resultados de 2016 mais tímidos. Por sua vez, o cenário de crise pode favorecer o crescimento do mercado informal, dos ovos caseiros.

“Mesmo com o aumento dos preços da ordem de 15% a 20% na maioria dos itens usados na fabricação artesanal, o produto final ainda tem um preço mais em conta que o industrializado e, historicamente, nos períodos de dificuldade financeira, essa opção acaba levando vantagem”, avalia. “No comércio de chocolates, em geral, a expectativa é ficar pelo menos no mesmo patamar de vendas do ano passado”, conclui.   

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