A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que o comércio da região metropolitana pode deixar de arrecadar mais de R$ 60 milhões devido à paralisação dos trabalhadores da CPTM e do Metrô, anunciada para terça-feira, 28 de novembro, quando a circulação de pessoas na capital paulista será prejudicada.
A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
De acordo com a associação, o prejuízo se dará principalmente por reduções nas compras por impulso e por acontecer em um período em que os consumidores costumam antecipar as compras de Natal.
A paralisação, segundo a ACSP, ainda terá impacto na força de trabalho das mais variadas operações comerciais. “O comércio e os serviços, pilares fundamentais para a dinâmica da capital paulista, serão severamente prejudicados, comprometendo a sobrevivência de muitos empreendimentos, especialmente os pequenos e médios negócios”, diz a entidade em nota.
A ACSP afirma ainda que “há um caráter político que motiva a paralisação”, por isso se coloca contra a sua realização. “Manifestamos veemente repúdio à paralisação anunciada por se tratar de uma greve política, pela qual os líderes sindicais pretendem se sobrepor ao Legislativo, cujos membros foram eleitos para expressar a vontade da população, e ao governador, também eleito, a quem cabe implementar as diretrizes de governo conforme suas propostas de campanha”, afirma Roberto Ordine, presidente da ACSP.
O dirigente apela às lideranças dos sindicatos que suspendam a greve para evitar prejuízos à cidade. “Caso esse apelo não seja atendido, a Associação considera que devem ser aplicadas as punições cabíveis para restabelecer o império da lei e da ordem.”