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Comerciantes apresentam sugestões para área central e Secretaria de Transportes vai estudar viabilidade

Notícias 19 de maio de 2015

Em reunião na ACMC, lojistas pedem circulação de veículos todos os dias na Flaviano de Melo, a criação de bolsões de estacionamento e novas regras para carga e descarga. Prefeitura deve responder em até 20 dias

 

Cerca de 50 comerciantes da região central participaram nesta quarta-feira (20) da reunião promovida pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) para discutir como deverá ficar a circulação de veículos na Rua Professor Flaviano de Melo, e adjacências, assim como a parada de carros  e a carga e descarga na área central. No encontro, que contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Transportes e da Associação dos Lojistas do Mercado Municipal, foram elencadas, através de votação, 13 propostas para o Centro de Mogi, as quais privilegiam os pedestres e também os motoristas.

“Toda mudança, principalmente numa cidade de 454 anos, gera polêmica. Algumas pessoas acham que o carro deve ser privilegiado, enquanto outras acham que deve ser o pedestre. O fato é que o número de carros aumentou muito e o Centro é pequeno, não comportando esse crescimento. Diante disso, algumas alterações são necessárias e é importante que o comerciante participe dessas discussões porque é ele que está ali no dia a dia e a sua avaliação é importante na hora de ser definido como a área central vai funcionar”, ressalta a presidente da ACMC, Tânia Fukusen Varjão.

Já está definido que na Flaviano de Melo não será mais permitida a passagem de caminhões de qualquer tamanho. Já sobre a circulação de veículos de passeio, na reunião a maioria dos comerciantes rejeitou a proposta de que o trecho renovado da via funcione como calçadão nos finais de semana.

Eles defendem que a Flaviano tem de permanecer aberta aos veículos diariamente, como era o modelo previsto inicialmente, numa pesquisa realizada anos atrás pela ACMC e que respaldou a ação da Prefeitura em ampliar as calçadas, mas manter o trânsito de carros. A proibição de veículos, ainda que nos finais de semana, é vista pelos lojistas como um entrave para a vinda do consumidor ao Centro, o que resultaria na diminuição do movimento e até mesmo no fechamento de comércios.

“Deve ser levado em conta o que os comerciantes, através de um plebiscito, escolheram para a Rua Professor Flaviano de Melo, que é a circulação de pedestre e de carros. Foi o que a maioria votou”, lembra a comerciante Cecília Cury. “O pedestre já está sendo privilegiado com esse novo modelo de calçada que foi implantado”, acrescenta.

Outro ponto bastante discutido foi a questão do estacionamento. Como a Rua Professor Flaviano de Melo perdeu as vagas que existiam, alguns outros locais tiveram os espaços reduzidos e os estabelecimentos privados não comportam mais veículos, os comerciantes reivindicam da Prefeitura a criação de bolsões próximo ao Centro.

Uma sugestão, que teve o respaldo também do vereador Marcos Furlan (PV), o qual participou da reunião, é de que a Prefeitura estude a viabilidade de utilizar a área da antiga NGK, ao lado do Terminal Central. O vereador lembrou que aquele espaço é utilizado pela Administração Municipal, em boa parte como depósitos, os quais poderiam ser levados para outros locais.

“O número de carros é muito grande e a comodidade de estacionar é cada vez menor, visto que os estacionamentos particulares não comportam a demanda. Por isso, o pedido de bolsões para que o consumidor tenha a alternativa de chegar de carro até  próximo do Centro”, argumenta a presidente da ACMC.

No que refere-se a carga e descarga, a proposta é de que a áreaa da Rua Cel. Souza Franco, utilizada hoje provisoriamente em razão das obras, seja mantida permanentemente nos quarteirões entre as Ruas Presidente Rodrigues Alves e Moreira da Glória, podendo até mesmo avançar na quadra seguinte, até a Dr. Deodato. Porém, com novas regras. No caso, os caminhões de maior parte poderão circular pela via e estacionar próximo ao Mercadão somente até 9 horas. Depois desse horário, as vagas de estacionamento ficam liberadas para os veículos de passeio.

Os caminhões menores, do tipo VUC (6,30 metros de comprimento), poderão circular normalmente após às 9 horas. Para compensar as vagas que foram perdidas na Flaviano de Melo e na Rua Manoel de Souza Mello Freire (lateral do Mercadão), poderá ser utilizada a Rua Dr. Paulo Frontin para carga e descarga até 9 horas. Depois desse horário, a proibição aos veículos é total, pois a via é um calçadão.

“Isso vai exigir adaptações dos comerciantes, que precisarão coordenar suas entregas e orientar as transportadoras, mas  isso é necessário”, diz a presidente da ACMC.

Todas as 13 propostas resultantes da reunião desta quarta-feira foram encaminhadas, através de ofício, para a Prefeitura. O secretário-adjunto de Transportes, Fábio Vega, acredita que os estudos de viabilidade poderão ser concluídos num prazo de 15 a 20 dias.

“Essas propostas serão analisadas junto ao Departamento de Trânsito”, informa o secretário-adjunto. “Existe a previsão de reabertura da Rua Professor Flaviano de Melo, mas é em função da segurança que se adquiriu, que estamos em parceria com a Associação buscando afinar essa questão da circulação viária, com a melhor acessibilidade para pedestres e motoristas”, conclui.

 

 

Confira abaixo, todas as propostas apresentadas pelos comerciantes e que serão estudadas pela Prefeitura:

 

1 - Pela maioria, manter a circulação de veículos na Rua Professor Flaviano de Melo durante todos os dias da semana. A proposta de manter a via como calçadão aos finais de semana foi rejeitada.

 

2 - A solicitação é de que, com a reabertura ao trânsito, como previsto na proposta inicial de renovação da Flaviano, seja ampliada a segurança, inclusive com a possibilidade de implantação de correntes entre as defensas para que o pedestre tenha plena consciência do espaço destinado a ele e obedeça os pontos estipulados para a travessia, garantindo assim a boa fluidez.

 

3 -Na Rua Cel. Souza Franco, foi aprovado que os quarteirões entre as Ruas Presidente Rodrigues Alves e Moreira da Glória, com possibilidade de avançar até a Rua Dr. Deodato Wertheimer, tenham as vagas de estacionamento destinadas, até 9 horas, para caminhões que vão fazer a carga e descarga no Centro. Depois desse horário, o estacionamento fica liberado aos veículos de passeio.

 

4 - Ainda sobre a carga e descarga na Rua Cel. Souza Franco, a proposta é de que, após às 9 horas, seja permitida apenas a circulação de caminhões do tipo VUC.

 

5 - Permissão para circulação de caminhões (somente do tipo VUC) de carga e descarga de mercadorias na Rua Dr. Paulo Frontin até 9 horas.

 

6 - Sinalização reforçada sobre as regras e horários permitidos para estacionamento e também para a circulação de caminhões no Centro.

 

7 - Na Rua Manoel de Souza Mello Freire, a sugestão é que as antigas vagas de carga e descarga, que agora não serão mais permitidas, sejam destinadas para idosos e portadores de necessidades especiais, com duas vagas funcionando como ponto de táxi.

 

8 -Criação de bolsões de estacionamento em áreas próximas ao Centro para compensar as vagas que foram extintas e levando em conta, também, que os estacionamentos privados existentes estão superlotados. A sugestão apresentada é de que a área da antiga NGK, ao lado do Terminal Central, sirva como um dos bolsões.

 

9 -Retorno do estacionamento na Rua Cel. Souza Franco, no quarteirão entre as Ruas Capitão Manoel Caetano e Padre João, após às 9 horas.

 

10 - Renovação urbana da Rua Cel. Moreira da Glória, no quarteirão entre as Ruas Flaviano de Melo e Cel. Souza Franco. A via ganharia o mesmo modelo adotado na Manoel de Souza Mello Freire e na Presidente Rodrigues Alves.

 

11 - Com o aumento da circulação de veículos na Rua Cel. Souza Franco, inclusive de caminhões, foi proposta a retirada do máximo de postes destinados às placas de sinalização, com as mesmas sendo fixadas nas paredes dos comércios.

 

12 – Atenção especial quanto à drenagem das águas nas Ruas Manoel de Souza Mello Freire e na Presidente Rodrigues Alves, onde já foi detectado que, em dias de chuva, há o empoçamento de água o que dificultará a circulação de pessoas e mesmo a passagem de veículos.

 

13 – Que todas as mudanças de trânsito que forem promovidas, como a proibição de estacionamento, sejam divulgadas e até mesmo discutidas com os comerciantes previamente. Foi citado que no caso da proibição do estacionamento entre as Ruas Capitão Manoel Caetano e Padre João, os comerciantes chegaram na segunda-feira e se depararam com as placas de restrição.

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