Confiança fica estável em setembro mas incerteza eleitoral e econômica afeta Norte, Centro-Oeste e classe AB, diz Associação Comercial

Com discussões sobre futuro do agronegócio em setembro, Índice Nacional de Confiança da ACSP despencou 16 pontos no Norte/Centro-Oeste e 13 pontos no Sul; incerteza econômica fez confiança da classe AB diminuir 9 pontos

São Paulo, 8 de outubro de 2014. A confiança do consumidor brasileiro ficou estável em setembro, com 142 pontos – um acima do registrado em agosto. É o que mostra o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo. A variação está dentro da margem de erro, que é de três pontos. O índice varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. Mesmo estável, o INC está em patamar baixo, já que há um ano a confiança era de 135 pontos e, há dois anos, 158.  

Apesar da estabilidade de um modo geral no Brasil, a pesquisa revela oscilações específicas em regiões brasileiras e em classes sociais no mês passado.

“As variações podem ser explicadas pelo período eleitoral e as incertezas sobre a política econômica que será adotada a partir de 2015”, afirma Rogério Amato, que é presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de SP), além de presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil).

O INC despencou no grupo das regiões Norte/Centro-Oeste: ficou em 162 pontos, ante 178 em agosto. A confiança do morador da região Sul também caiu – marcou 165 pontos em setembro contra 178 em agosto. “Essas regiões são caracterizadas pelo forte agronegócio. Possivelmente, as incertezas com relação à política voltada para o agronegócio a partir do ano que vem e as discussões sobre o futuro do setor podem ter abalado a confiança nessas regiões. A queda nos preços das commodities nos mercados internacionais também podem ter influenciado negativamente a confiança”, explica Amato. 

Outra queda significativa da confiança foi na classe AB, com 129 pontos em setembro ante 138 em agosto. “Mais informada, essa classe provavelmente ficou mais abalada pela incerteza quanto à próxima política econômica”, aponta o presidente da ACSP.     

A pesquisa, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi feita entre 17/9 e 29/9 em todas as regiões brasileiras – antes, portanto, do 1º turno das eleições.

Outras Regiões

O Índice Nacional de Confiança na região Nordeste ficou estável em 131 pontos em setembro.

No Sudeste, o cenário foi de certa recuperação na confiança, com o início de chuvas no interior dos estados. Na região, o INC ficou em 137 pontos em setembro – seis pontos a mais do que em agosto. 

Chamou a atenção a confiança nas capitais, onde o INC foi de 145 pontos, cinco a mais ante agosto. O mesmo ocorreu nas regiões metropolitanas, que registraram INC de 135 pontos (em agosto foram 129). “Nesses locais, os discursos de candidatos referentes a melhorias em infraestrutura, habitação, saúde e educação podem ter influenciado positivamente o eleitorado urbano”, avalia o presidente da ACSP.  

Na contramão, o interior registrou queda na confiança, com INC de 140 pontos ante 146 no mês anterior, explicado pela incerteza no agronegócio.  

Outras Classes

A confiança do consumidor da classe C subiu e marcou 144 pontos ante 140 em agosto.

Na classe DE a confiança seguiu estável em 139 pontos, um a mais do que em agosto.

Veja tabela com mais dados:

Acesse a íntegra do INC/Ipsos com dados de setembro de 2014:
http://www.acsp.com.br/pesquisa_inc/inc_outubro14.pdf

Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220

Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 119 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.