A confiança do consumidor brasileiro neste início de ano não sofreu alterações em relação ao fim do ano passado, marcando 143 pontos em janeiro – mesmo número de dezembro. É o que mostra o Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (INC ACSP/Ipsos) de janeiro.
Porém, o INC está bem abaixo de janeiro dos últimos dois anos. Em janeiro de 2013, o índice ficou em 152 pontos e, em janeiro de 2012, foi de 178 pontos – na época, acreditava-se num salto do PIB e numa recuperação da economia, o que não se confirmou.
O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. As mil entrevistas domiciliares para o INC de dezembro foram realizadas entre os dias 16 e 27 de janeiro em 70 cidades brasileiras, incluindo nove regiões metropolitanas.
“A confiança do consumidor brasileiro segue as expectativas gerais do mercado e não sinaliza grandes oscilações para os próximos meses”, afirma Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Ele lembra que o INC despencou em junho de 2013 - período das manifestações populares – e desde então ficou no mesmo patamar.
Segundo Amato, os dados do INC a respeito de compras e das situações atual e futura dos entrevistados revelam que o consumidor não vislumbra mudanças – positivas ou negativas – na economia nos próximos meses. Mas o presidente da ACSP alerta: “Esse é o retrato do momento, na visão do consumidor. Fatores internos e externos na economia podem influenciar esses indicadores ao longo do ano”.
Compras
Em janeiro, 34% dos consumidores ouvidos pela pesquisa disseram que se sentiam à vontade para adquirir itens de maior valor, como carros e imóveis; 33% afirmaram que não estavam à vontade. Há um ano, 36% estavam à vontade e 32% não estavam.
Quando se trata da compra de eletrodomésticos, 44% estavam favoráveis a adquirir esse tipo de mercadoria, contra 45% em dezembro e 46% há um ano.
Situação financeira
Dos entrevistados em janeiro pelo Instituto Ipsos, 44% consideraram boa sua situação financeira atual. Em dezembro, eram 45% e há um ano eram 54%.
O cenário também ficou estavel com relação ao futuro: 52% das pessoas acham que sua situação financeira futura vai melhorar, ante 51% em dezembro e 53% há um ano.
Regiões
A região Sul do Brasil permanece a mais otimista, marcando 157 pontos – quatro a mais do que em dezembro. O aumento se deve provavelmente ao período de chuvas, que contribui para as safras agrícolas. Já em janeiro de 2013, o INC da região Sul era de 177 pontos.
No Nordeste, o INC foi de 121 pontos em janeiro ante 127 em dezembro e 148 há um ano.
No grupo de estados do Norte e Centro Oeste, a confiança foi de 149 pontos contra 156 em dezembro. A queda se deve à escassez de chuvas em alguns estados dessas regiões, prejudicando a agricultura. Em janeiro do ano passado, o INC deste grupo foi de 193 pontos.
Já no Sudeste, o consumidor dos grandes centros captou a inflação baixa em janeiro e isso pode ter favorecido o aumento do otimismo na região: o INC foi de 150 pontos, ou seja, quatro a mais em relação a dezembro. Há um ano, o índice para a região marcava 160 pontos.
Nas capitais, o INC ficou em 137 pontos em janeiro ante 141 em dezembro e 165 há um ano.
A confiança do consumidor brasileiro ficou estável nas regiões metropolitanas, com 136 pontos em janeiro e 137 em dezembro. Há um ano, era de 165 pontos.
Por fim, nas cidades do interior brasileiro, o INC marcou em janeiro 148 pontos, três acima de dezembro. Alavancado pelo agronegócio, o interior continua, assim, mais otimista que as capitais e regiões metropolitanas. Porém, há um ano o INC na região era de 158 pontos.
Classes sociais
A classe C continua a mais otimista, marcando 147 pontos, ante 143 em dezembro e 165 há um ano.
Mais informada e mais cautelosa em relação ao comportamento da economia, a classe AB apresentou otimismo de 133 pontos – uma queda de oito pontos em comparação com dezembro. Em janeiro de 2013, o INC para essa classe era de 153 pontos.
No grupo formado pelas classes D/E, o INC variou pouco, marcando 128 pontos em janeiro ante 130 em dezembro. Há um ano, o índice marcava 145 pontos.
Emprego
A situação ficou estável quando se analisa a segurança das pessoas no emprego. Em janeiro, 43% dos entrevistados responderam que se sentiam seguros no emprego, ante 44% em dezembro e 40% há um ano.
O número médio de pessoas desempregadas conhecidas dos entrevistados apresentou ligeira alta em relação a dezembro de 2013, passando de 3,2 pessoas para 3,6 em janeiro. Há um ano, a média também era de 3,2 pessoas.
O Instituto Ipsos utiliza uma amostra probabilística com cota representativa do eleitorado a respeito de sexo, idade, educação, PEA (População Economicamente Ativa) e região. A margem de erro do INC é de três pontos percentuais.
Veja a tabela abaixo:
Acesse a íntegra do INC/Ipsos de janeiro de 2014: http://migre.me/hPkhr
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 119 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.
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