O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (INC ACSP/Ipsos) registrou que a confiança do consumidor brasileiro em relação à economia em agosto foi de 139 pontos contra 137 em julho e 138 em junho. De maio para junho, o índice caiu 15 pontos.
Como nos últimos três meses o INC oscilou dentro da margem de erro, de três pontos, o cenário é de estabilização.
Em agosto de 2012, o INC marcava 150 pontos.
O INC varia entre de 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. É obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro.
Classe C, a mais otimista
A classe C continua a mais otimista e subiu de 140 pontos em julho para 144 em agosto.
O segundo grupo mais otimista é o das classes D e E: subiu de 121 pontos em julho para 128 em agosto. Esse aumento provavelmente foi influenciado pelo desempenho do campo.
Já o grupo das classes A e B apresentou queda: de 132 pontos em julho foi para 125 em agosto. A razão é que essas classes são mais informadas sobre o cenário econômico interno e externo.
Regiões
As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram a maior alta, de 179 pontos em julho para 190 em agosto, mais uma vez refletindo os bons números da safra agrícola.
A região Sudeste apresentou queda: de 144 pontos para 139 – mesmo assim, é a segunda mais otimista.
Na região Nordeste, o INC saltou de 122 pontos para 134 pontos, provavelmente refletindo a chegada do período de chuvas após a fase de seca.
A região menos otimista, Sul, manteve-se praticamente estável, com 128 pontos em agosto e 127 em julho.
As 70 cidades do interior do Brasil analisadas acompanharam o otimismo da agricultura, com a confiança subindo de 133 pontos em julho para 136 em agosto. Já as capitais e regiões metropolitanas sofreram leve recuo, de um ponto. O grupo das capitais foi de 145 para 144 pontos; o grupo das regiões metropolitanas foi de 136 para 135 pontos.
Veja tabela abaixo:

Situação financeira
O quadro revela que o consumidor sente sua situação financeira presente piorar: 45% dos entrevistados em agosto afirmaram que sua situação era boa, contra 48% no mês anterior. Há um ano, 50% afirmaram que a situação era boa. Isso reflete a alta da inflação dos últimos meses e a desaceleração real da massa salarial.
Dos brasileiros ouvidos em agosto, 49% opinaram que sua situação financeira futura vai melhorar, contra 53% há um ano. Em julho, 49% tinham esta opinião. Ou seja, o cenário é estável mas inferior ao do ano passado.
Segurança no emprego
Em agosto, 39% se sentiam seguros no emprego (21% se sentiam inseguros e 30% estavam indiferentes/não opinaram). Em julho, 38% estavam seguros; já há um ano, esse porcentual era de 40%.
Compras
Ainda segundo o levantamento da ACSP, 45% dos entrevistados estavam à vontade para comprar eletrodomésticos em agosto, contra 42% no mês anterior e 48% em agosto de 2012.
Os que estavam à vontade para a compra de bens de maior valor (como carros e imóveis) somaram 31% em agosto contra 30% em julho e 37% em agosto de 2012.
O número médio de pessoas conhecidas dos entrevistados que estavam sem emprego em agosto foi de 3,8, ante 3,5 em julho e 3,1 há um ano. Ou seja, o consumidor conhece mais pessoas que estão desempregadas, o que contribui para a cautela nas compras, principalmente as de prazos mais longos.
Em síntese, o consumidor se manteve cauteloso nos últimos três meses com o cenário econômico e com suas finanças pessoais. Mas ainda se mantém no campo otimista da pesquisa (acima de 100 pontos).
Projeção de vendas no Brasil
Utilizando-se o resultado de julho do Índice Nacional de Confiança (INC), o Modelo de Previsão do Volume de Vendas do Varejo (MPVV), desenvolvido pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, projeta para julho aumento de cerca de 3,0% nas vendas no Brasil em relação ao mesmo mês do ano passado, e crescimento acumulado em doze meses de aproximadamente 5,0%. As projeções do MPVV sugerem desaceleração do crescimento das vendas do varejo durante o resto do ano, coincidindo com a visão de consenso do mercado.
Nota:
O INC ACSP/Ipsos é obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro.
A margem de erro é de três pontos percentuais.
O Índice da ACSP/Ipsos varia de zero a 200 pontos. Acima de 100 pontos está a região do otimismo e abaixo de 100 pontos, a região do pessimismo.
Acesse a íntegra do INC ACSP/Ipsos de agosto de 2013:
http://portal.acsp.com.br/pesquisa_inc/inc_maio_2013.pdf
Mais informações:
Ana Cecília Panizza
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