Consumidor de Sorocaba teme resultado de eleições, mas está mais confiante

Índice de Confiança do Consumidor feito pela Associação Comercial de Sorocaba subiu 3 pontos 

A política continua sendo o maior empecilho para que a economia nacional deslanche de vez. Pelo menos é o que mostra o estudo sobre o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Associação Comercial de Sorocaba. De acordo com o levantamento realizado pelo economista Rafael Muscari, o índice teve alta de 3 pontos no primeiro trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 131 para 134 pontos. 

Os entrevistados, afirma Muscari, estão mais confiantes em relação ao trabalho, mas a maioria demonstrou receio em relação ao que pode acontecer após as eleições. 

“Todos aguardam essa definição. Creio que após o pleito eleitoral, a situação se normaliza e haja maior tranquilidade tanto para empresários que pretendem investir, quanto para os consumidores que desejam assumir novos compromissos”, explica o economista. 

No âmbito de perspectivas para a região de Sorocaba, o segundo trimestre de 2018 segue um cenário positivo. Para 55% dos entrevistados, a economia nos próximos 6 meses estará mais forte, enquanto 38% acreditam que permanecerá como está. Apenas 7% disseram que a economia não irá melhorar. 

Finanças 

No quesito de finanças pessoais, o número de sorocabanos que consideram sua vida financeira acima da média é de 49%, enquanto 24% afirmam que vivem numa situação mediana e 27% se consideram em situações não satisfatórias, pois dizem ainda não ter sentido o efeito da retomada da economia. 

Ainda neste tema, mas analisando o futuro (daqui 6 meses), o total de entrevistados que esperam melhora na vida financeira é de 60%, já 30% dizem acreditar que ficará similar e 10% numa piora. 

Tratando-se de bens duráveis (como por exemplo: geladeira, TV, fogão, etc), a população que se sente mais disposta a realizar esse tipo de investimento registrou melhora. 61% estão mais dispostos a realizar investimentos, enquanto 39% o contrário. Bens de maior valor, como carro, casa, moto, entre outros, 44% dizem que estão mais à vontade para fazer a aquisição, enquanto 56% dizem estar inseguros para investimentos deste porte. 

Quando se trata da capacidade de investir no futuro e economizar, 58% dizem estar mais confiante, enquanto 42% dizem o contrário.

 Emprego

Quando o assunto é confiança no emprego, para os trabalhadores atuantes existe uma perspectiva positiva quando comparada ao primeiro trimestre de 2018. 59% dos entrevistados estão otimistas com seu emprego, contra 41% que se dizem ainda preocupados com a instabilidade geral. 

Do total dos entrevistados, 75% disseram conhecer alguém que perdeu emprego nos últimos meses e 16% pensam que a chance de perderem o emprego nos próximos 6 meses é alta. 

“A crise econômica atingiu seu pico e agora a economia parece ter encontrado a estabilidade. É bom que os números subam de forma gradativa e consistente, para que não haja surpresas futuras. Vamos aguardar as mudanças políticas para que os investimentos sejam retomados de maneira mais consciente”, conclui Sérgio Reze, presidente da Associação Comercial de Sorocaba.

Sobre o ICC

O Índice de Confiança do Consumidor é aplicado para mensurar a expectativa da população sorocabana em relação à economia da região, com grau de confiança de 90% e amostra dirigida de 130 entrevistados, em todas as regiões da cidade. A base para conclusão da pesquisa é o emprego, situação econômica do local onde o entrevistado reside, situação financeira pessoal, capacidade de compra de bens duráveis, não duráveis, supérfluos e potencial de investimentos. 

Sobre a Associação

A Associação Comercial de Sorocaba, entidade de classe sem fins lucrativos, foi fundada em 20 de janeiro de 1922 e tem o objetivo de defender os interesses do comércio regional e o desenvolvimento nacional, além de representar seus associados. O quadro associativo da entidade reúne empresários representantes de todos os setores da economia, tais como: industriais, comerciantes, agropecuaristas, prestadores de serviços e profissionais liberais, de todos os portes. 

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