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Dívida acumulada ainda nos R$ 14 milhões, lamenta Acim

Notícias 07 de agosto de 2015



Adriano Luiz Martins, da Acim, faz o alerta sobre a inadimplência acumulada nos últimos cinco anos
 
O vice presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Adriano Luiz Martins, considerou normal os números apresentados pela estatísticas do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Acim, que apontam uma dívida acumulada nos últimos cinco anos em R$ 14.848.891,63 que deixam de circular entre as lojas da cidade. “Desde março estamos na marca dos R$ 14 milhões, ou seja, muito dinheiro parado que certamente está prejudicando o comércio em geral”, disse o dirigente mariliense ao destacar a aproximação aos R$ 15 milhões. “É preciso agir para que o valor diminua”, defendeu.

No comparativo mensal houve uma diminuição de (-) 0,26% referente ao mês de junho, considerado até então com o maior índice do valor da inadimplência acumulada, que chegou a R$ 14.887.585,45. “Isto quer dizer que consumidores estão em débito com algumas lojas da cidade e que o comerciante ficou sem o dinheiro e sem a mercadoria”, comentou Adriano Luiz Martins ao apontar o comerciante como o maior prejudicado. “O consumidor ficou com o produto e não pagou”, disse. “O comerciante ficou sem o produto e sem o dinheiro correspondente”, acrescentou ao sugerir a negociação em qualquer nível. “Sem o dinheiro é que não pode ficar”, opinou. “Qualquer que seja o acordo é melhor receber algo do que ficar sem receber”, acrescentou.

Nos números apresentados na estatística do SCPC da Acim, a dívida é de no máximo cinco anos, depois disso ela é desconsiderada, perdendo a validade judicial de cobrança. No mês de julho estiveram registrados 28.138 devedores cadastrados, proporcionando 54.290 dívidas. Na média equivale a R$ 528,00 por devedor ou então R$ 274,00 por dívida. “Um devedor muitas vezes tem mais de uma dívida registrada, por isso a diferença entre devedores e dívidas”, explicou Adriano Luiz Martins que considera importante os comerciantes consultarem sempre os dados cadastrais do consumidor, antes de concretizar uma venda. “Quanto mais informações o comerciante tiver do consumidor que pede o crediário, melhores são as chances de se evitar problemas”, opinou o vice presidente da Acim.

Dentre os débitos acumulados nos últimos cinco anos o sexo feminino é o que mais contraiu dívidas, sendo 12.652 registros, diante dos 8.016 registros do sexo masculino. “A faixa etária de ambos os sexos que mais contraiu dívida nos últimos cinco anos é entre 30 e 35 anos de idade”, apontou Adriano Luiz Martins ao chamar a atenção. “No mês de julho deste ano foram 633 dívidas entre as mulheres e 404 entre os homens”, exemplificou o dirigente da Acim que faz o alerta para que os valores diminuam. “Esse valor de quase R$ 15 milhões poderiam ser investidos em mercadorias, ampliação de lojas, contratação de pessoal, dentre outros detalhes importantes para a sustentabilidade de uma empresa”, disse com experiência própria.

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