O setor de bens duráveis, um dos que mais sofreram com a crise nos últimos anos, tem sido um dos protagonistas da projeção de alta de 3,6% do varejo em 2018, segundo informações da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O percentual é referente ao varejo restrito, que exclui automóveis e materiais de construção.
“O que vejo é que a melhoria nas condições de pagamento e o alongamento dos prazos possibilitou uma movimentação na demanda de bens duráveis que estava reprimida. Somando-se a isso, está o adiantamento da primeira parcela do 13º para aposentados e pensionistas do INSS, que deve injetar R$ 21 bilhões na economia e ajudar a impulsionar o comércio”, analisa o presidente da Associação Comercial e Industrial de Barueri, Moacyr Felix.
Um ponto de insegurança nesta crescente, porém, é a variável política, cada vez mais indeterminada mesmo com a proximidade das eleições no país.
“Apesar de contarmos com esta alta, não é possível afirmar que o cenário permanecerá assim a partir de 2019, tampouco é hora de nos acomodarmos. Esta é a segunda alta anual consecutiva do comércio brasileiro, porém ainda não recuperamos as perdas de 2015 e 2016, quando o setor caiu 4,3% e 6,3%, respectivamente”, avalia Felix.
A projeção foi feita pelo Instituto de Economia da ACSP com base em dados do IBGE e do Índice Nacional de Confiança/ACSP.