O vice-presidente da diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge comemorou a elevação das vendas no primeiro semestre deste ano, no comparativo com o ano passado, de acordo com os dados da empresa de inteligência analítica Boa Vista, que apontam o desempenho das vendas no varejo em todo o território nacional, acumulando alta de 0,9% no 1º semestre de 2022 diante a igual período de 2021. “Isso é muito importante, por ser a demonstração da recuperação econômica tão esperada”, disse o dirigente que também é da opinião de que o segundo semestre é melhor nas vendas para o varejo em geral. “Se confirmando isso, podemos espera outra elevação no próximo semestre”, acredita o dirigente de Marília.
O desempenho do varejo no mês sucedeu uma alta de 1,7% em maio, e encerrou o 2º trimestre de 2022 com estabilidade em relação ao 1º trimestre. Na série de dados originais, o indicador avançou 0,6% na comparação interanual, e 3,1% na comparação do 2º trimestre de 2022 diante a igual período do ano passado. Em maio, a liberação do FGTS já não havia surtido o efeito esperado, e em junho não foi diferente: em um cenário de inflação e juros altos, também pesa sobre o varejo a competição com serviços, que parece estar mais acirrada. “O Governo precisa fazer a parte que lhe cabe para contribuir com a circulação de recursos”, defendeu o vice-presidente da diretoria que vem acompanhando mensalmente os dados estatísticos.
Para Carlos Francisco Bitencourt Jorge nesse período, o impacto tende a ser maior nas categorias que dependem mais do crédito, e para amenizar isso, alguns prazos estão ficando maiores. “O consumidor está com receio em virtude do desemprego, dos juros altos e das elevadas taxas financeiras que encarecem a busca por mais recursos financeiros”, falou ao lembrar da luta das associações comerciais pela queda do volume de impostos, os juros elevados e a defesa dos postos de trabalho. “De nada adianta o comércio estar preparado se o consumidor não tiver poder de compra”, defendeu ao lembrar que o consumidor, de modo geral, tende a focar no consumo de itens básicos, como alimentos e combustíveis. “Em julho, o efeito da PEC dos Combustíveis já deve aparecer, e isto deve estimular a demanda nessas categorias”, lembrou o vice-presidente da diretoria da associação comercial de Marília.
O dirigente de Marília acredita que a expectativa é de que o varejo encerre o ano em alta, até porque a base de comparação daqui para frente não é tão forte - lembrando que o indicador no 2º semestre de 2021 havia caído 2% diante a igual período de 2020. “Acredito que o segundo semestre deste ano, com as vendas do Dia dos Pais, Dia das Crianças, "Black Friday" e o Natal, teremos um movimento elevado com a flexibilidade da pandemia”, defendeu ao lembrar que estes dados apresentados pela Boa Vista, seguem na mesma direção da pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que detém as informações oficiais do Governo Federal.
LEGENDA – Carlos Francisco Bitencourt Jorge, vice-presidente da diretoria da associação comercial fala sobre o movimento do comércio
LEGENDA/FOTO – ARQUIVO: Carlos 280722