Efeito calendário favorece vendas na 1a quinzena de julho
“A primeira quinzena de julho, em relação ao mesmo período de 2012, foi beneficiada pelo efeito calendário - por ter tido um dia útil a mais. O 2º semestre costuma ser mais forte que o primeiro – mas, neste ano, o ritmo deverá ser mais lento do que o esperado no início de 2013”, diz Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O IMC (Índice de Movimento do Comércio a Prazo) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou que as vendas, na 1ª quinzena de julho de 2013, foram beneficiadas pelo efeito calendário. Com um dia útil a mais em relação aos primeiros quinzes dias de julho de 2012, o aumento de vendas foi de 5,1%.
Por outro lado, quando se compara o período com a primeira quinzena de junho de 2013, houve queda de 6,4%. A justificativa é o efeito sazonal: o mês de junho contou com uma data comemorativa – o Dia dos Namorados -, diferente de julho, que não teve nenhuma comemoração.
ICH – Indicador de Movimento de Cheques
Também por conta do efeito calendário, o ICH (Indicador de Movimento de Cheques) apresentou aumento (4,2%) em relação à primeira quinzena de julho de 2012. E também em razão do efeito sazonal (ausência de data comemorativa), houve queda (-19%) quando se compara com junho.
Inadimplência
O IRI (Indicador de Registro de Inadimplentes) apresentou queda de 1,2% quando comparado com a primeira quinzena de julho 2012. E o IRC (Indicador de Recuperação de Crédito) teve queda de 0,7% - revelando que a inadimplência está estável, com ligeira proporção a baixa.
Para esses dois índices, quando se compara com o mês anterior, as variações foram de +20,4 (IRI) e +20,6% (IRC). Em 2012, as altas foram de 21,8 e 23,6, respectivamente.
Perspectiva julho
Com um dia a mais em relação a 2012, em julho o ritmo de vendas deverá aumentar. Mas a avaliação requer cautela, pois o setor está afetado pelos seguintes fatores: alta da inflação, desaceleração da massa salarial, crédito para pessoa física no varejo em ritmo reduzido e queda da confiança do consumidor.
Veja tabela abaixo:
