Em 2013 mais incluídos do que excluídos na inadimplência

O superintendente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), José Augusto Gomes, considerou preocupante os dados apresentados pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Acim, quanto aos inadimplentes e adimplentes registrados. De acordo com o levantamento de 2013 foram registrados 24.446 CPFs incluídos e 18.098 CPFs excluídos do banco de dados. “Isto quer dizer que mais pessoas ficaram impedidas de comprar no crediário, ao invés daquelas que passaram a ter condições de comprar”, avaliou o dirigente ao observar os números apresentados na estatística anual do órgão administrado pela entidade associativa.

Baseado nos números registrados, no comparativo de um ano para outro houve uma queda de 16,54% entre os CPFs incluídos e uma queda de 5,04% dos CPFs excluídos. “Essa é uma questão perigosa”, disse o dirigente ao sugerir que o lojista registre o débito seja ele qual for. “A retirada do CPF do banco de dados do SCPC da Acim é rápido e ágil, porém, a inclusão não”, falou o superintendente ao sugerir maior atenção neste sentido por parte dos comerciantes. “Quanto mais devedores registrados, maior a proteção do comércio em geral quanto a inadimplência”, opinou José Augusto Gomes ao verificar os 29.294 inclusões de CPFs em 2012 e os 24.446 CPFs incluídos em 2013. “Ao incluir o devedor o comerciante evita que ele faça débito em outra loja”, explicou ao defender que um comerciante deve pensar no comércio em geral. 

Nas exclusões acontece o inverso. Quer dizer que pessoas recuperaram o crediário e passaram a ter condições de comprar nas lojas da cidade sem restrição. Em 2013 foram excluídos do banco de dados do SCPC da Acim 18.098 CPFs diante dos 19.057 CPFs excluídos em 2012, perfazendo a queda de 5,04% no comparativo. “Neste caso a lei força a agilidade, ou seja, ao quitar o débito praticamente de imediato o CPF fica liberado das restrições”, explicou o superintendente da Acim. “O número de excluídos esta relacionado diretamente aos números dos incluídos”, comparou ao defender o fortalecimento do sistema de consultas por parte do comerciante. “O SCPC da Acim é o maior e mais importante instrumento em defesa da inadimplência”, falou. “Inadimplência não se acaba. Somente se diminui e o ideal é aquele que tem uma inadimplência muito próxima do zero”, ensinou o administrador. “Daí a necessidade de contar com a informação”, resumiu José Augusto Gomes.

Na média mensal entre os CPFs incluídos e excluídos do banco de dados do SCPC da Acim, entre os que entraram no banco de dados do órgão de proteção ao crédito chegou a 2.037 por mês diante dos 1.508 CPFs de média mensal que saíram. “O ideal seriam números próximos dos que saíram dos que entraram”, opinou José Augusto Gomes ao defender que para o comércio da cidade é melhor ter mais pessoas em condições de compra do que o contrário. “Infelizmente a realidade é o contrário”, disse ao basear-se nos números apresentados. “No entanto, com certeza existem mais pessoas com crédito do que o contrário, independente dos números do SCPC da Acim”, disse o dirigente ao reforçar a sugestão de que os comerciantes precisam contar, usar e abastecer o banco de dados do SCPC da Acim.

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