Em março cai número de devedores, dívida e valor

Levantamento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim) no mês de março, apresentou queda no número de devedores, do número de dívidas existentes e do valor acumulado, entre os inadimplentes nos últimos cinco anos. “Isto pode ser uma demonstração de melhora”, disse o presidente da Acim, Libânio Victor Nunes de Oliveira ao analisar os números relacionados aos meses de janeiro, fevereiro e março, que mostram o acumulado nos últimos cinco anos. “Não é uma queda significativa, mas uma sinalização de diminuição da inadimplência”, acredita o dirigente de forma otimista.

No mês de março existiram 27.742 devedores cadastrados no Banco de Dados do SCPC da Acim. Desse total de CPF negativados, constam 53.318 dívidas pendentes, o que quer dizer que mais de um CPF registrado como inadimplente tem mais de uma dívida no comércio em geral. Diante desse quadro mensal, são R$ 14.226.745,35 que deixam de circular entre as lojas da cidade, uma vez que, esses dados são referentes aos consumidores de Marília e região. “É preciso que o comerciante tome a iniciativa de uma negociação desta dívida”, sugere o dirigente da Acim que não encontra outra forma de recuperar o dinheiro bloqueado, a não por atitude do comerciante. “Existem meios para isso e a Acim conta com alternativas viáveis para a recuperação deste crédito parado”, avisou.

A percepção de queda no número de devedores, de dívida e do valor se deve ao fato de que nos meses anteriores os dados são maiores do que os apresentados no mês de março. Em janeiro foram registrados 28.258 devedores, diante dos 28.152 apresentados em fevereiro, com os 27.742 constatados em março. Quanto as dívidas existentes, no mês de janeiro existiram 54.600 dívidas, diante das 54.132 no mês de fevereiro e agora as 53.318 apresentadas em março. Os valores bloqueados pela inadimplência também caíram, sendo R$ 14.411.891,53 apontados em janeiro, com R$ 14.276.858,47 no mês de fevereiro e os registrados em março em R$ 14.226.745,35. “Vamos aguardar o mês de abril para verificar qual será a tendência”, comentou Libânio Victor Nunes de Oliveira que tem se mostrado preocupado com este tipo de situação, apesar de observar as quedas nos levantamentos mensais. “É preciso fazer algo para recuperar esse dinheiro, pois, o comerciante já perdeu duas vezes: está sem a mercadoria e sem o dinheiro”, apontou o presidente da associação comercial local.

As alternativas sugeridas pelo dirigente mariliense são: oferecer de forma direta condições de liquidação da dívida ao devedor, ou então promover uma audiência através da Câmara Arbitral de Marília para um acordo judicial. “O comerciante precisa criar dentro da própria empresa um setor neste sentido de buscar a adimplência, pois, a inadimplência faz parte do comércio”, comentou. “A preocupação se deve ao fato da inadimplência ser elevada ou não, pois, elimina-la é quase impossível”, argumentou ao sugerir aos comerciantes que busquem criar fórmulas para recuperação do valor perdido. “O correto é criar sistemas de proteção para se evitar a inadimplência, porém, uma vez tendo, é preciso encontrar meios para buscar um acordo e recuperar parte do valor perdido”, sugeriu o presidente da Acim.